Urucum de Paranacity quer indicação geográfica para valorizar produção regional
O pó extraído do fruto tem uso doméstico, comercial e industrial como condimento ou corante. Paranacity e Cruzeiro do Sul são grandes produtores nacionais
Em reunião durante a Expoingá, em Maringá, nesta terça-feira (10), produtores rurais e líderes do setor produtivo da região noroeste do Paraná discutiram a possibilidade de trabalhar para conquistar o selo de Indicação Geográfica para o urucum produzido em Paranacity.
A Indicação Geográfica é concedida a produtos cujas características remetem à qualidade superior ou a um diferencial na forma de produção. São os casos, por exemplo, do queijo da Serra da Canastra (MG), do café do Cerrado Mineiro (MG), dos vinhos do Vale dos Vinhedos (RS) e da cachaça de Salinas (AL).
Produtos como esses tendem a ser mais reconhecidos e, consequentemente, são mais valorizados. O selo de procedência ou de denominação de origem também torna os produtos especiais para as exportações.
No Paraná, recebem o selo o queijo da Colônia Witmarsum, o café e o morango do Norte Pioneiro, o mel de abelha de Ortigueira e do Oeste, a goiaba de Carlópolis, os vinhos de Bituruna, as uvas finas de Marialva, a erva-mate de São Matheus e o barreado do Litoral.
URUCUM DE PARANACITY
Usado como condimento ou como corante natural, o pó de urucum é extraído das sementes do fruto. O produto tem uso doméstico e comercial, além de ser amplamente usado na indústra alimentícia, cosmética e têxtil.
Desde o ano passado, devido à grande produção do fruto, Paranacity passou a ser chamada como “capital paranaense do Urucum”. A cidade divide com Cruzeiro do Sul a maior produção do estado. Ao todo, são 600 hectares de urucuzeiros plantados, formando a terceira maior região produtora do Brasil.