Tecnologia mede emissão de metano em reprodutores bovinos
Objetivo é identificar animais que apresentem menor emissão do gás por quilo de alimento consumido e por quilo de peso vivo produzido.
Uma nova tecnologia mede a emissão de gás metano (CH4) em reprodutores bovinos de raças europeias. A metodologia foi desenvolvida pela Embrapa no Rio Grande do Sul.
O objetivo é identificar animais que apresentem menor emissão de metano por quilo de alimento consumido e por quilo de peso vivo produzido.
A chamada Prova de Emissão de Gases (PEG) consiste na coleta do metano emitido por jovens reprodutores de uma mesma raça, mantidos sob condições idênticas de manejo e alimentação durante cinco dias.
Depois, o gás é avaliado em laboratório e os animais são classificados de acordo com a emissão a partir de coeficientes previamente estabelecidos.
A identificação dos jovens reprodutores com menores índices de emissão de metano pode ser empregada no melhoramento das raças, utilizando a genética na formação de progênies com essa característica.
De acordo com a pesquisadora Cristina Genro, da Embrapa, identificar animais mais eficientes na relação entre consumo de alimentos, ganho de peso e menor emissão do gás é mais uma ferramenta em prol da sustentabilidade da pecuária brasileira e da redução de impacto nas mudanças climáticas.
A relevância da prova, segundo ela, também está relacionada ao fato de o Brasil ter aderido ao Pacto Mundial do Metano na COP26, realizada em 2021 na Escócia, no qual se comprometeu a reduzir a emissão desse gás, considerado fundamental na estratégia de mitigação do aquecimento global.
EMISSÃO DE METANO
Segundo dados do Observatório do Clima, 70,5% das emissões nacionais de metano são originadas da agropecuária, sendo 90% oriundas da fermentação entérica dos bovinos.