Agronegócio
Marchador das Araucárias: Alep quer preservar raça nativa paranaense

Marchador das Araucárias: Alep quer preservar raça nativa paranaense

A raça é considerada a única nativa do Sudoeste do Estado e corre o risco de extinção

Mirian Villa, com assessoria - quarta-feira, 18 de outubro de 2023 - 09:39

Um projeto de lei da Alep (Assembleia Legislativa do Paraná) quer reconhecer a relevância histórica e cultural do Cavalo Campeiro, popularmente conhecimento como Marchador das Araucárias. A proposta dos deputados Luis Corti (PSB) e Alexandre Curi (PSD) teve parecer favorável aprovado pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) nesta semana. 

A raça é considerada a única nativa do Sudoeste do Paraná e corre o risco de extinção.  Sua origem é atribuída ao extravio de animais por expedições espanholas que partiram do litoral de Santa Catarina até o Paraguai. 

Os primeiros registros oficiais de cavalos selvagens nos planaltos Santa Catarina, do Rio Grande do Sul e também no Sudoeste do Paraná são de 1728. A região era conhecida como Pinheiras do Brasil, por isso o Cavalo Campeiro também é chamado de Marchador das Araucárias.

Animal versátil e robusto, é muito apreciado pela marcha confortável, ideal para cavalgadas em longos percursos, e também por sua funcionalidade no dia a dia no campo. A raça foi oficializada pelo Ministério da Agricultura em 1985.  

Corti afirma que o projeto de lei é importante para a preservação da espécie e resgate histórico. “Não apenas da raça, mas também do nosso Sudoeste. Como médico veterinário acredito ser fundamental esse trabalho de fomento da criação e conservação de espécie. Não podemos deixar a raça desaparecer.”

Por sua vez, Curi justificou que essa é a única raça de cavalos que teve participação fundamental na colonização da região. “A preservação da raça campeira, uma raça típica do Paraná, além de sua importância para a proteção animal, é fundamental para a conservação da história e da cultura do povo paranaense.”

Com a aprovação na CCJ, o projeto de lei nº 766/2023 segue a tramitação nas Comissões Temáticas antes de ir para aprovação em Plenário.

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