Agronegócio
Guerra no Oriente Médio pode impactar agronegócio paranaense
Foto: Arquivo/Jaelson Lucas/ANPr

Guerra no Oriente Médio pode impactar agronegócio paranaense

As consequências econômicas da guerra dependem diretamente da duração do conflito, mas a previsão é que as primeiras altas sejam registradas nas próximas semanas.

Rafael Nascimento - segunda-feira, 16 de outubro de 2023 - 10:47

A guerra no Oriente Médio pode impactar diretamente o agronegócio paranaense. Além de alta no valor do petróleo, que aumenta o custo da cadeia produtiva do transporte de cargas, o conflito entre Israel e o Hamas pode fazer com que o preço dos fertilizantes cresça no mercado internacional.

Em 2022, o Brasil importou US$ 1,5 bilhão em sementes, ativos e fertilizantes de Israel, por exemplo. O conflito armado poderá afetar a economia brasileira e global, conforme explica o doutor em Internacionalização e Estratégia e professor universitário, João Alfredo Nyegray.

“Ainda que Israel não seja um grande produtor de petróleo, a guerra entre o país e o Hamas no Oriente Médio pode trazer consequências ao mundo todo. Esse impacto inicial não é tão direto, mas ainda assim alguns efeitos tender a afetar de uma maneira geral a economia brasileira e global. Nós percebemos desde o início do conflito um aumento no preço global do petróleo, e isso pode ter impactos diretos ao custo produtivo das organizações brasileiras e para muitas das nossas importações, como fertilizantes, por exemplo, que podem chegar aqui um pouco mais caros”, explica.

As consequências econômicas da guerra dependem diretamente da duração do conflito. A previsão é que as primeiras altas sejam registradas nas próximas semanas.

“Eu acredito que a gente vá sentir esses efeitos nas próximas semanas, 15 dias. As análises geopolíticas nos mostram que esse conflito tende a ser prolongado. A longo e médio prazo, não apenas o preço dos combustíveis e commodities energéticas tendem a subir, como também o próprio preço de produtos agrícolas tende a acompanhar esse valor mais alto, como já vimos na guerra russo-ucraniana”, completa o especialista.

Até o momento, o número de mortos chega aos quatro mil, em Israel e na Palestina.

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