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Itaipu Binacional completa 50 anos; veja fotos históricas da usina
Foto: Caio Coronel/Itaipu

Itaipu Binacional completa 50 anos; veja fotos históricas da usina

Em meio século, o empreendimento se consolidou como líder mundial na geração de energia limpa e renovável.

Rafael Nascimento - sexta-feira, 17 de maio de 2024 - 08:56

A usina de Itaipu Binacional, em Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná completa 50 anos nesta sexta-feira (17). Em meio século, o empreendimento compartilhado por Brasil e Paraguai se consolidou como líder mundial na geração de energia limpa e renovável, além de um importante atrativo turístico paranaense.

No início do mês, a usina hidrelétrica completou quatro décadas de produção de energia elétrica. Itaipu já gerou mais de 3 bilhões de megawatts-hora (MWh), volume de energia tão elevado que poderia abastecer o planeta inteiro por mais de 43 dias, ou 662 cidades do porte de Curitiba por um ano.

Para o diretor-geral brasileiro de Itaipu, Enio Verri, a empresa é símbolo de produtividade aliada à gestão social e ambiental, que gera, além de eletricidade, desenvolvimento para as duas nações sócias.

“Itaipu é um sonho de integração que se tornou realidade. Pelo empenho de brasileiros e paraguaios, ela fornece energia, move dois países e cuida da natureza e das pessoas de sua área de influência como nenhuma outra no mundo. Há meio século, é um exemplo de que isso é possível”, afirma Verri.

Construção da gigante Itaipu: canteiro de obras teve mais de 40 mil trabalhadores

Em 26 de abril de 1973, Brasil e Paraguai assinaram o Tratado de Itaipu, instrumento legal para o aproveitamento hidrelétrico do Rio Paraná pelos dois países. A fundação de Itaipu ocorreu um ano depois, em 17 de maio de 1974, e as obras da usina hidrelétrica começaram no segundo semestre daquele ano.

Foto: Divulgação/Itaipu Binacional

Nessa mesma época, enquanto era processada a concorrência das empreiteiras que iriam executar as obras civis de Itaipu, pequenas firmas eram preparadas para fazer as obras viárias de acesso à futura usina, além de vilas residenciais e toda a infraestrutura de assistência escolar e de saúde, entre outras necessidades básicas. Paralelamente, equipamentos de construção não existentes no Brasil e no Paraguai à época foram adquiridos no exterior, para viabilizar o projeto.

Foto: Divulgação/Itaipu Binacional

O plano previa a construção de 8 mil casas para os trabalhadores, 4 mil na margem esquerda, em Foz do Iguaçu, e 4 mil na margem direita, nas cidades paraguaias de Porto Presidente Stroessner (hoje Cidade do Leste), Hernandarias e Porto Presidente Franco.

No segundo semestre de 1974, foi construído um acampamento pioneiro na área da futura usina, com as primeiras edificações para escritório, almoxarifado, refeitório, alojamento dos trabalhadores e posto de combustíveis. Tudo começava a ser preparado para a leva de trabalhadores que viriam a ser contratados pelos consórcios de empresas responsáveis pelas obras civis e pela fabricação e montagem dos equipamentos da usina.

Foto: Divulgação/Itaipu Binacional

A construção de Itaipu mobilizou milhares de trabalhadores do Brasil e do Paraguai, atraídos pelas notícias de que as obras gerariam empregos em abundância pelos próximos anos. O consórcio Unicon, por exemplo, chegou a contratar mensalmente, em média, mais de 5 mil trabalhadores, entre o final da década de 1970 e o início dos anos 1980, quando as obras chegavam a seu pico.

Em determinado momento, no ritmo de construção cada vez mais intenso, Itaipu chegou a abrigar em seu canteiro cerca de 40 mil trabalhadores, mais do que toda a população de Foz do Iguaçu da época.

Foto: Divulgação/Itaipu Binacional

A cidade de Foz de Iguaçu, aliás, também viveu um momento de expansão diante das obras. A população passou de 28.597 habitantes, em 1974, para 112.594, em 1985, conforme dados do Ipardes.

As obras para a construção da usina de Itaipu duraram dez anos até sua conclusão.

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