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Defesa de Jorge Guaranho pede revogação da prisão preventiva
(Reprodução/Redes sociais)

Defesa de Jorge Guaranho pede revogação da prisão preventiva

Pedido ocorre após o policial penal quebrar o braço na prisão

Pedro Melo - sábado, 6 de abril de 2024 - 16:28

Os advogados de Jorge Guaranho, acusado de matar o guarda municipal Marcelo Arruda, solicitaram a revogação da prisão preventiva após o policial penal sofrer uma queda no banho na cela e quebrar o braço.

Segundo os advogados, Guaranho teve que aguardar 12 horas para receber atendimento depois de se machucar na cela. “A defesa não medirá a esforços no sentido de preservar a integridade física e psicológica de Jorge Guaranho, e provará sua inocência no julgamento designado”.

A Polícia Penal do Paraná (Deppen) ressaltou que o policial penal está preso em uma cela individual na Cadeia Pública Laudemir Neves, em Foz do Iguaçu. “A equipe de plantão acionou o SIATE que fez o atendimento e o encaminhamento ao hospital do município, onde foi constatada a fratura em um dos braços da referida PPL. Vale ressaltar que Guaranho estava e permanece alojado em cela individual na unidade penal”, explicou.

Acusado de matar Marcelo Arruda por discussão política, Jorge Guaranho está sob custódia desde agosto de 2022. Ele foi denunciado por homicídio doloso duplamente qualificado, por motivo fútil e perigo comum.

O júri popular estava marcado para a última quinta-feira (04), mas os advogados de defesa abandonaram o plenário.

Os motivos, de acordo com os advogados de Guaranho, foram cerceamento de defesa, falta de acesso ao processo e a ausência de uma das testemunhas, que não foi encontrada.

LEIA A NOTA DOS ADVOGADOS DE JORGE GUARANHO

A defesa do Sr. Jorge Guaranho comunica, que se viu obrigada a pleitear a concessão da revogação de sua prisão preventiva, em razão dos fatos que ocorreram nas últimas horas.

O mesmo foi mantido em Foz do Iguaçu sobre o pretexto de acesso à sua defesa, entretanto, inexiste condições de segurança médica para que o mesmo permaneça na cidade.

Poucas horas após deixar o plenário e ter sido deslocado para a Cadeia Pública da cidade, a qual não possui condições de assegurar dignidade e tratamento médico a Sr. Jorge Guaranho, nosso cliente sofreu uma queda durante o banho e veio a fraturar o braço esquerdo, tendo que aguardar por 12h até receber atendimento médico. Guaranho foi levado somente as 14h, de ontem, 5, para o Hospital Municipal.

As condições de saúde do Sr Jorge Guaranho que já eram complexas devido aos espancamentos que sofreu, foi agravada por culpa exclusiva do estado do Paraná em não prover condições adequadas.

A defesa não medirá a esforços no sentido de preservar a integridade física e psicológica de Jorge Guaranho, e provará sua inocência no julgamento designado.

Foz do Iguaçu, 6 de Abril de 2024

Samir Mattar Assad
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Sidnei Servat

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