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Curitiba aciona plano de contingência nos atendimentos de saúde
Foto: Hully Paiva/SMCS

Curitiba aciona plano de contingência nos atendimentos de saúde

UPAs da cidade estão sobrecarregadas pelo aumento de casos respiratórios e suspeitas de dengue.

Rafael Nascimento - quinta-feira, 11 de abril de 2024 - 08:17

Curitiba acionou um plano de contingência nos atendimentos de saúde. A medida impacta principalmente o setor de Urgência e Emergência do sistema público, com alterações nos fluxos de atendimento das UPAs.

De acordo com a prefeitura, há um aumento de demanda e pressão no sistema causados pelos atendimentos de casos respiratórios, suspeitas de dengue e também crises hipertensivas e de glicemia nas UPAs.

Os hospitais, além disso, têm recebido bastante demanda ocasionada por traumas – principalmente acidentes de trânsito.

“A ideia é modularmos o sistema da melhor forma para atravessarmos essa fase de grande pressão, que afeta não apenas o sistema público de saúde, como o sistema privado”, explica a secretária municipal da Saúde de Curitiba, Beatriz Battistella.

Em março de 2024, a média de pessoas atendidas nas UPAs foi de 4.285 por dia, um número 25% maior comparado ao mesmo mês do ano passado.

Em janeiro deste ano, as UPAs atendiam, em média, a 3.223 pacientes por dia. Ou seja: dois meses depois, as unidades passaram a receber mais 1.000 pacientes todos os dias.

Em 2024, até o dia 6 de abril, foram realizados 17.034 atendimentos por suspeita de dengue em toda a rede municipal. Neste mesmo período no ano passado, tinham sido apenas 378 atendimentos por conta desta doença. Ou seja, houve um aumento do número do atendimento por suspeita de dengue em 45 vezes. 

Veja como fica o atendimento de urgência e emergência em saúde em Curitiba

O plano de contingência adotado pela Prefeitura de Curitiba no sistema público de saúde é o mesmo adotado durante o período agudo da pandemia de Covid-19.

Conforme a administração municipal, desde quarta-feira (10) o fluxo de atendimentos em “Y” é utilizado na cidade. O sistema prevê um eixo de atendimento específico para casos respiratórios e pacientes com suspeita de dengue e outro eixo para os demais atendimentos.

Além disso, será ampliada a carga horária dos médicos das UPAs e haverá a instalação de tendas, para melhor acomodar o atendimento, na UPA Boa Vista e UPA Cajuru, as mais impactadas neste momento.

Outra medida estabelecida são cabines com conexão direta para teleatendimento de casos leves pela Central Saúde Já Curitiba, nas UPAs Boa Vista, Sítio Cercado e Cajuru. O serviço já é ofertado na UPA Fazendinha.

As UPAs de Curitiba também poderão ter, quando necessário, parte dos leitos direcionados para internamento hospitalar, funcionando como unidades de retaguarda dos hospitais do SUS Curitibano.

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