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Cirurgias eletivas podem ser suspensas no Paraná
(Foto: Sesa-PR)

Cirurgias eletivas podem ser suspensas no Paraná

Medida pode ser aplicada por conta da alta demanda gerada por dengue e problemas respiratórios

paranaportal - quinta-feira, 11 de abril de 2024 - 15:00

As cirurgias eletivas, realizadas pelo sistema de saúde pública do Paraná, podem ser temporariamente suspensas. A medida, em análise pelo governo estadual, se dá por conta da alta demanda gerada pelos casos de dengue e de doenças respiratórias nas últimas semanas.

As informações são da BandNews FM Curitiba.

O boletim mais recente aponta 25.462 casos a mais de dengue, além de 26 novas mortes e 43.889 notificações. No último período epidemiológico (de agosto de 2023 até agora), já são 103 óbitos no estado, com mais de 184 mil casos da doença.

Apesar de não estipular uma data, o secretário Beto Preto diz que o governo considera suspender os procedimentos eletivos – aqueles que podem ser prorrogados e sem causar danos ao paciente.

“Essa é uma das ações do arsenal de ações do plano continengência, liberando mais leitos para os casos mais agudos. Porém, nós temos paranaenses que ficaram muito tempo na espera de cirurgias eletivas devido ao episódio que durante a pandemia tivemos que suspender as cirurgias eletivas. Estamos praticamente com 50% acima da média de 2019 em número de cirurgias eletivas. Se for ncessário interromper, nós vamos interromper. Se for necessário abrir mais leitos, vamos tentar abrir mais leitos. Se for necessária outra iniciativa, vamos fazer também”.

O governo estadual diz que também considera pagar por leitos clínicos – para aumentar a capacidade de atendimento de pessoas com dengue ou com quadros de problemas respiratórios que demandem internamento. O Paraná é o quarto estado do país com a maior incidência de dengue, atrás do Espírito Santo, Minas Gerais e Distrito Federal. Sobre os casos de gripe e covid, o secretário faz um apelo em relação a vacinação.

“A vacina contra a gripe ajuda as pessoas a não ficarem doentes e não piorarem seu estado. Se tiver gripe, vai ser muito leve. A vacina contra a gripe é fundamental, assim como a bivalente contra a Covid, que ficou mais esquecida. Pessoas com mais de 60 anos, que tomaram a vacina do Covid há mais de seis meses, tem que tomar de novo. Temos distribuídas no Paraná contra gripe 1,6 milhão de doses e hoje estão chegando mais 300 mil”.

Segundo a secretaria estadual de saúde, as vacinas contra a gripe são feitas com vírus inativados (mortos) e não são capazes de causar a doença. Quando a pessoa recebe a vacina da gripe, estimula as defesas do corpo a reconhecer e combater o vírus real se for exposta a ele no futuro.

No Paraná, mais de 4 milhões e 500 mil pessoas estão elencadas em grupos prioritários. São eles: crianças de seis meses a menores de seis anos; trabalhadores da saúde; gestantes; puérperas; professores dos ensinos básico e superior; povos indígenas; e pessoas com mais de 60 anos.

Também compõem grupos prioritários pessoas em situação de rua; profissionais das forças de segurança e de salvamento; profissionais das forças armadas; pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais (independentemente da idade); pessoas com deficiência permanente; caminhoneiros; trabalhadores do transporte rodoviário coletivo (urbano e de longo curso); e trabalhadores portuários.

Além deles, integram o grupo os funcionários do sistema carcerário; população privada de liberdade, além de adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas (entre 12 e 21 anos).

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