Economia
Usinas hidrelétricas são a melhor alternativa para o país, defende setor

Usinas hidrelétricas são a melhor alternativa para o país, defende setor

A Abragel (Associação Brasileira de Energia Limpa) pondera que a geração de energia solar e eólica ainda é insuficiente para abastecer o Brasil

BandNews FM Curitiba - quarta-feira, 23 de agosto de 2023 - 19:15

As usinas hidrelétricas são responsáveis por mais da metade da geração de energia elétrica do Brasil (50,6%). Com recursos naturais abundantes, o Brasil se destaca na produção de energia limpa e renovável.

A matriz energética brasileira é composta, ainda, por outras fontes: solar fotovoltaica (12%), eólica (11,4%) e gás natural (8%). Ou seja, as fontes limpas e renováveis predominam e fazem com que o país se destaque como um dos mais sustentáveis do mundo na produção de eletricidade.

O presidente da Associação Brasileira de Energia Limpa (Abragel), Charles Lenzi, destaca que a sustentabilidade é imprescindível quando o assunto é geração de energia, mas precisa vir acompanhada de um sistema confiável, seguro e barato para que o fornecimento atenda a todos os requisitos do mercado.

“Eu quero ter a certeza de que o interruptor, no momento em que eu apertar, a luz vai acender. Ao mesmo tempo, como consumidor, eu quero pagar por essa energia um valor que seja adequado e condizente com os custos, com a menor tarifa possível”, diz ele.

Ao longo dos últimos anos o Brasil passou a investir nas fontes de energia solar e eólica e deixou as usinas hidrelétricas de lado. Lenzi considera isso preocupante e lembra que tanto a energia solar quanto a eólica são intermitentes e não garantem a regularidade do fornecimento de energia elétrica no país.

“A diferença fundamental da energia eólica e solar, que são muito importantes para o Brasil e são muito utilizadas em outros lugares do mundo, é o fato de que elas têm uma característica de ser intermitentes”, pondera, reforçando a importância e a flexibilidade operativa da geração de energia por fontes hídricas.

Nesse contexto, além das grandes hidrelétricas, o Brasil também conta com as pequenas centrais hidrelétricas. De acordo com dados da ANEEL, elas respondem por pouco mais de 4% da matriz elétrica brasileira.

O presidente da Abragel defende que as hidrelétricas de menor porte têm um grande potencial que precisaria ser melhor explorado. Para isso é preciso que o país invista em políticas públicas voltadas para o setor.

“O potencial hidráulico ele é um bem que é a sociedade brasileira, do povo. A gente precisa entender a importância desses empreendimentos para o contexto de geração de energia renovável para o País”, afirma.

Quando se fala em impactos, uma das maiores preocupações é com relação às crises hídricas e preservação da água para as gerações futuras.

Charles Lenzi reconhece que há muitos desafios, mas acredita que as usinas hidrelétricas ainda são a melhor alternativa para o país.

“É a única fonte que tem uma cadeia produtiva 100% nacional. Ou seja, não se importa nenhum parafuso para construir uma usina hidrelétrica. O setor tem forte impacto na geração de empregos nas regiões onde elas se inserem, estimulando também outros setores, como construção civil, manutenção e operação”, completa.

A matriz energética brasileira é composta ainda por fontes de biomassa e gás (7,7%) e de petróleo, carvão mineral, nuclear e importação (4%).

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