Segunda melhor cidade do Brasil para startups, Curitiba atrai novos empreendedores

Segunda melhor cidade do Brasil para startups, segundo levantamento da Startup Ecosystem Index Report 2023, Curitiba tem atraído cada vez mais novos empreendedores.

Um deles é o empresário Denny Mews, de Santa Catarina. Há quatro anos, ele escolheu Curitiba para fundar sua startup, a CargOn, especializada no ramo de logística.

Segundo o empreendedor, a cidade – e o Estado, de uma maneira geral -, dispõem de um ecossistema de inovação que potencializa investimentos.

“Sou catarinense, e a ideia de empreender em startup surgiu lá. Foi em Santa Catarina que obtive experiência na área de transporte e logística, passei a compreender as dores do setor. No entanto, ao decidir onde abrir a startup, optei por Curitiba, porque o ecossistema do Paraná é muito bom”, afirma o empreendedor.

Em Curitiba, a startup de logística digital experimenta um movimento de franca expansão, com uma carteira de clientes de empresas de diversas atividades econômicas e em várias partes do Brasil.

“No primeiro ano completo, crescemos 1.600%. No segundo, 130%. Queremos chegar a 2025 com faturamento anual de R$ 80 milhões”, contabiliza Mews. A CargOn conta com um time de 32 colaboradores.

Startups: cases de sucesso em Curitiba

Segundo a Associação Brasileira de Startups (Abstartups), a capital paranaense é a segunda do Brasil em número de empreendimentos desse tipo no país.

Um dos diferenciais de Curitiba é contar, por exemplo, com o Vale do Pinhão, iniciativa reconhecida internacionalmente e que a coloca como uma das principais cidades inteligentes do mundo.

O ambiente fértil na cidade foi uma escolha natural para o desenvolvimento do aplicativo V1, plataforma de mobilidade urbana que possui como essência a tecnologia e inovação e faz parte de um dos maiores players do setor de transportes do país.

“Quando iniciamos nosso plano de expansão do negócio, Curitiba foi a primeira cidade em que estudamos atuar. Pelo seu DNA inovador, por ser referência mundial em smart city e ter um espírito empreendedor e criativo, a capital paranaense era a opção mais propícia e inteligente para o V1. É uma cidade propulsora de novos negócios, que movimenta a economia e contribui para a geração de novos empregos. Inauguramos o V1 no fim de 2021 e conquistamos faturamento recorde em 2022, com R$ 100 milhões, montante 62% superior ao de 2021. Em relação à frota, houve um crescimento de 20% no mesmo período”, explica o diretor de Negócios do V1, Leonardo Balestrassi.

Curitiba também atrai a instalação de empresas internacionais em expansão na América Latina. É o caso da polonesa Doctoralia, plataforma líder em agendamento de consultas e que atua em 13 países.

A plataforma de saúde global iniciou as vendas no Brasil em 2012, remotamente. Ao perceber o potencial de expansão comercial no território, a empresa iniciou suas operações locais em Curitiba, em maio de 2017.

“A escolha por Curitiba se deu devido ao seu forte ecossistema de inovação, além de ser mundialmente reconhecida como uma smart city, além do incentivo do programa Tecnoparque, do qual já participamos há três anos, que é uma das iniciativas da prefeitura que estimula empresas a inovarem por meio da tecnologia. A Doctoralia contribui para a  transformação digital da cidade e do país, empregando centenas de pessoas, melhorando e humanizando a experiência em saúde”, detalha o CEO da Doctoralia Brasil, Peru e Chile e Feegow Clinic, Cadu Lopes.

A união entre poder público, empresas, entidades do setor de tecnologia e universidades também marca o setor em escala estadual. Uma demonstração vem de projetos liderados pela seção regional da Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologias da Informação, a Assespro-Paraná. 

São ações que vão desde fomento financeiro à formação de mão de obra qualificada para empresas de TI (Tecnologia da Informação).

Mês passado, foi firmado o primeiro contrato de financiamento do programa Inova Juro Zero, do Governo do Estado, pela agência Fomento Paraná, e com intermediação da entidade.

“O Estado tido como ‘celeiro’, pelo protagonismo no agronegócio, também é “celeiro de inovação”, ressalta a presidente da Assespro-Paraná, Josefina Gonzalez. 

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