Economia
Paraná lidera expectativa de contratação no 2° trimestre
José Fernando Ogura/AEN

Paraná lidera expectativa de contratação no 2° trimestre

Estado ficou à frente do Rio de Janeiro e Minas Gerais

Mirian Villa - segunda-feira, 20 de maio de 2024 - 12:30

A Pesquisa de Expectativa de Emprego revelou que o Paraná é o estado com maior expectativa de contratação no 2º trimestre deste ano, com índice em 28%, ficando à frente do Rio de Janeiro e Minas Gerais, ambos com 25%.  

Entre os setores com maior expectativa de demanda de posições no País estão os de TI (Tecnologia da Informação), com 36%, Energia & Serviços de utilidade pública, com 34%, Saúde & Ciências da Vida, com 27%, Finanças & Imobiliário, com 20%, e Serviços de Comunicação, com 17%.  

No cenário global, o setor de TI lidera o ranking de expectativa de contratações (34%), seguido pelo setor de Finanças & Imobiliário (29%), Saúde & Ciências da Vida (26%), Indústria & Materiais (21%), Bens de Consumo e Serviços e Energia & Serviços de utilidade pública (18%).      

O levantamento mostra ainda que a expectativa líquida de emprego no Brasil, que foi calculada subtraindo empregadores que planejam fazer reduções na equipe daqueles que planejam contratar, é de 18% entre abril e junho. O resultado representa uma queda de 13 pontos percentuais no comparativo com o trimestre anterior, que foi 31%.

A porcentagem de empregadores que esperam reduzir os níveis de contratações subiu de 16% para 22%. As grandes empresas têm a maior expectativa de contratações, com um percentual de 30% para as companhias com 1.000 a 4.999 colaboradores, seguido por organizações com mais de 5.000 colaboradores, com 24%, e empresas de 250 a 999 colaboradores, com 23%.    

Na análise global, os empregadores continuam prevendo a contratação de mais trabalhadores no segundo trimestre de 2024, relatando uma expectativa líquida de emprego ajustada sazonalmente em 22%. Entre os países analisados, as intenções de contratação mais fortes estão na Índia (36%), seguida pelos Estados Unidos (34%) e China, Costa Rica e Países Baixos, com 32%.

O Brasil está em décimo oitavo lugar com 18%. O cenário desse último estudo mostra uma queda na expectativa de contratações no Brasil. Em paralelo, desde 2023, há uma clara movimentação em prol de se desenvolver colaboradores que já estão nas companhias.    

A pesquisa de escassez de talentos do ano passado revelou que 82% das organizações no Brasil estão investindo no desenvolvimento dos colaboradores. Já o levantamento deste ano mostrou que, além de apostar no aprendizado dos talentos internos, as empresas estão buscando novas formas de reter essas pessoas: 33% dos empregadores planejam oferecer mais flexibilidade sobre quando os colaboradores trabalham, 32% sobre onde eles trabalham e 30% pretendem aumentar seus salários.      

“Buscamos sempre reforçar a importância de as organizações investirem em capacitação constante como forma de combater a escassez, e o que temos observado é que muitas delas passaram a enxergar o potencial desse investimento para resolver o gargalo. É muito importante que as empresas compreendam o seu papel no aprendizado contínuo dos profissionais”, comenta Nilson Pereira, Country Manager do ManpowerGroup Brasil.  

A próxima pesquisa será divulgada em junho e reportará as expectativas de contratação para o terceiro trimestre de 2024.  

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