Economia
Paraná alcança marca de 6 milhões de trabalhadores ocupados
José Fernando Ogura/AEN

Paraná alcança marca de 6 milhões de trabalhadores ocupados

Percentual de empregados com carteira assinada no setor privado também é destaque

Mirian Villa - sexta-feira, 17 de maio de 2024 - 11:55

O Paraná alcançou o número de 6 milhões de trabalhadores ocupados no primeiro trimestre de 2024, o maior patamar da série histórica em números absolutos. No último trimestre do ano passado eram 5,9 milhões, no primeiro trimestre de 2023, 5,7 milhões, e no começo da série histórica, no primeiro trimestre de 2012, 5,2 milhões de pessoas.

Com isso, o nível geral de ocupação (percentual de pessoas ocupadas na semana de referência em relação às pessoas em idade de trabalhar) voltou a subir e chegou a 62,3%, melhor resultado desde o terceiro trimestre de 2022 (62,7%). No último trimestre de 2023 o índice era de 61,9%. Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foram divulgados nesta sexta-feira (17).

Outro destaque é o percentual de empregados com carteira assinada no setor privado. O Paraná tem o segundo melhor indicador do País, com 81,8%, atrás apenas de Santa Catarina (87,2%), e à frente de São Paulo (81,4%), Rio Grande do Sul (81,3%) e Rondônia (78,7%). A média nacional é de 73,9%. Os menores resultados foram no Piauí (49,4%), Maranhão (52%) e Ceará (54,9%).

Com 3,3 milhões de pessoas, esse também é o maior resultado da série histórica da PNAD Contínua. No último trimestre de 2023 eram 3,2 milhões de pessoas e no primeiro trimestre daquele ano, 3,1 milhões. No começo da série histórica, em janeiro a março de 2012, eram 2,8 milhões. Além disso, o número de pessoas empregadas no setor privado com carteira assinada também bateu recorde, com 2,7 milhões. O maior número da série tinha sido no último trimestre do ano passado, com 2,6 milhões.

“São números que refletem o compromisso do Governo do Paraná com o emprego, que é o melhor programa social que existe. Eles indicam um grande momento da economia, com setores público e privado caminhando juntos, discutindo políticas e concretizando investimentos. O PIB do Paraná cresceu 5,8% em 2023 e também temos o maior índice de atividade econômica do País, segundo o Banco Central. Isso indica geração de emprego e renda em todos os setores e todos os municípios”, afirmou o governador Carlos Massa Ratinho Junior.

Renda no Paraná

Conforme a pesquisa, o rendimento médio real mensal habitual foi estimado em R$ 3.123 no primeiro trimestre de 2024 no Paraná, crescendo tanto em relação ao trimestre imediatamente anterior (R$ 3.077) e quanto relação ao primeiro trimestre de 2023 (R$ 3.004). 

Na comparação entre o quarto trimestre de 2023 e o primeiro trimestre de 2024, a região Sul (R$ 2.475) foi a única que apresentou crescimento, enquanto as demais permaneceram estáveis. No Estado, o rendimento real saltou de R$ 3.275 para R$ 3.401 entre o quarto trimestre de 2023 e o primeiro trimestre de 2024, uma variação de 3,9%. No comparativo com o primeiro trimestre de 2023 (R$ 3.190), o crescimento foi de 6,6%.

Taxa de desocupação, informalidade e subutilização

Já a taxa de desocupação ficou em 4,8% no primeiro trimestre de 2024, a quarta menor do País, atrás de Mato Grosso e Rondônia (3,7%) e Santa Catarina (3,8%). O resultado do Paraná é bem superior à média nacional, que encerrou o período de janeiro a março em 7,9%.

Segundo a PNAD Contínua, frente ao 4º trimestre de 2023 a taxa de desocupação cresceu em oito Unidades da Federação, ficou estável em 18 e caiu apenas no Amapá (ainda em patamar alto, de 10,8%). Esse é o quarto trimestre seguido em que a taxa fica abaixo de 5% no Paraná. É a primeira vez desde o período que engloba o terceiro trimestre de 2013 e o quarto trimestre de 2014 que a taxa se mantém tanto tempo nesse patamar.

A taxa de informalidade do Paraná também é baixa no comparativo com a média nacional. Ela ficou em 31,3% no primeiro trimestre, enquanto a do Brasil encerrou com 38,9% da população ocupada. As maiores taxas ficaram com Maranhão (57,5%), Pará (56,7%) e Piauí (54,9%). 

Segundo o IBGE, o cálculo dessa taxa utiliza empregado no setor privado sem carteira de trabalho assinada; empregado doméstico sem carteira de trabalho assinada; empregador sem registro no CNPJ; trabalhador por conta própria sem registro no CNPJ; e trabalhador familiar auxiliar.

A taxa de subutilização também ficou abaixo da média nacional. No primeiro trimestre de 2024, ela fechou em 10,5% no Paraná, enquanto a média nacional encerrou em 17,9%. O Piauí (37,1%) teve a maior taxa, seguido por Bahia (32,1%) e Alagoas (29,4%). Ela envolve o percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação à força de trabalho ampliada. 

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