Economia
Hidráulica paranaense melhora produtividade em 30% com projeto de inovação

Hidráulica paranaense melhora produtividade em 30% com projeto de inovação

O investimento em novas tecnologias na Teles Hidráulica foi realizado por meio de recursos do BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul).

Redação - terça-feira, 6 de setembro de 2022 - 09:05

Uma empresa do ramo hidráulico localizada em Paiçandu, no Norte do Paraná, aumentou em cerca de 30% sua produtividade após investir em um projeto de inovação. O investimento em novas tecnologias na Teles Hidráulica foi realizado por meio de recursos do BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul).

A empresa implementou um processo para automatizar sua linha de produção de cilindros, além de avançar no mercado e suprir a carência de mão-de-obra no setor industrial.

A Teles Hidráulica teve o projeto aderente a linha de crédito do BRDE, Inovacred 4.0, destinada a financiar despesas em equipamentos nacionais ou importados e serviços prestados por empresa integradora credenciada pela Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP).

Com o recurso, a empresa adquiriu uma célula de soldagem de alta qualidade com o objetivo de melhorar a qualidade, repetibilidade e produtividade em uma das principais etapas do processo de produção. A solução de digitalização foi desenvolvida pela integradora Powermig Automação e Soldagem Ltda.

“Além disso, nós melhoramos a padronização e a qualidade do nosso produto. Porque como é um sistema por robô, se fazemos uma peça ou 100 peças, elas saem com o mesmo padrão. Eu diria que o ganho expressivo para nós foi qualitativo, naturalmente, com maior satisfação do cliente”, explica Paulo Teles, diretor da Teles Hidráulica.

Uma fatia dos recursos foi destinada à capital de giro para investimentos na complementação da automação das linhas de produção. A Teles está em processo de desenvolvimento, junto a uma empresa parceira, de duas células para manipulação automática de tornos. Segundo o diretor, a dificuldade de formar mão-de-obra qualificada, aliada ao diferencial de padronização na linha de produção que a automação oferece, contribuíram para a decisão desse investimento. “Ao diminuir a quantidade de pessoas no processo, é possível qualificar melhor essa pessoa que fica e inclusive remunerá-la melhor também”, completa Paulo.

Além disso, a medida também responde a carência de mão-de-obra qualificada para a indústria. Até 2025, o Mapa do Trabalho Industrial 2022-2025, divulgado pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), prevê que a indústria brasileira tem a necessidade de 9,6 milhões de trabalhadores qualificados para atender a demanda do mercado.

Financiamento em projetos de inovação

De acordo com o BRDE, são enquadrados nos critérios para adquirir um financiamento Inovacred 4.0, empresas brasileiras com receita operacional bruta anual de até R$ 300 milhões, com atividades econômicas nos setores da Indústria da Transformação e da Agricultura

Os projetos devem ser alinhados aos seguintes temas: 

  • internet das coisas
  • computação na nuvem
  • Big Data
  • segurança digital
  • manufatura aditiva
  • manufatura digital
  • integração de sistemas
  • digitalização
  • sistema de simulação
  • robótica avançada
  • inteligência artificial

Além disso, é preciso ter um plano de digitalização desenvolvido por empresa integradora credenciada pela Finep.

“O BRDE é um dos maiores repassadores de recursos da Finep. E com a expansão do limite de receita operacional para R$300 milhões, mais empresas podem aderir as linhas de inovação, para investir no atendimento às novas demandas da sociedade, com redução custos de produção, o que torna a indústria do sul do Brasil mais competitiva”, afirmou a gerente adjunta interina de Planejamento, Thais Paola Grandi.

Mais informações sobre financiamento nessa linha de crédito do BRDE podem ser obtidas aqui.

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