Hidráulica paranaense melhora produtividade em 30% com projeto de inovação
O investimento em novas tecnologias na Teles Hidráulica foi realizado por meio de recursos do BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul).
Uma empresa do ramo hidráulico localizada em Paiçandu, no Norte do Paraná, aumentou em cerca de 30% sua produtividade após investir em um projeto de inovação. O investimento em novas tecnologias na Teles Hidráulica foi realizado por meio de recursos do BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul).
A empresa implementou um processo para automatizar sua linha de produção de cilindros, além de avançar no mercado e suprir a carência de mão-de-obra no setor industrial.
A Teles Hidráulica teve o projeto aderente a linha de crédito do BRDE, Inovacred 4.0, destinada a financiar despesas em equipamentos nacionais ou importados e serviços prestados por empresa integradora credenciada pela Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP).
Com o recurso, a empresa adquiriu uma célula de soldagem de alta qualidade com o objetivo de melhorar a qualidade, repetibilidade e produtividade em uma das principais etapas do processo de produção. A solução de digitalização foi desenvolvida pela integradora Powermig Automação e Soldagem Ltda.
“Além disso, nós melhoramos a padronização e a qualidade do nosso produto. Porque como é um sistema por robô, se fazemos uma peça ou 100 peças, elas saem com o mesmo padrão. Eu diria que o ganho expressivo para nós foi qualitativo, naturalmente, com maior satisfação do cliente”, explica Paulo Teles, diretor da Teles Hidráulica.
Uma fatia dos recursos foi destinada à capital de giro para investimentos na complementação da automação das linhas de produção. A Teles está em processo de desenvolvimento, junto a uma empresa parceira, de duas células para manipulação automática de tornos. Segundo o diretor, a dificuldade de formar mão-de-obra qualificada, aliada ao diferencial de padronização na linha de produção que a automação oferece, contribuíram para a decisão desse investimento. “Ao diminuir a quantidade de pessoas no processo, é possível qualificar melhor essa pessoa que fica e inclusive remunerá-la melhor também”, completa Paulo.
Além disso, a medida também responde a carência de mão-de-obra qualificada para a indústria. Até 2025, o Mapa do Trabalho Industrial 2022-2025, divulgado pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), prevê que a indústria brasileira tem a necessidade de 9,6 milhões de trabalhadores qualificados para atender a demanda do mercado.
Financiamento em projetos de inovação
De acordo com o BRDE, são enquadrados nos critérios para adquirir um financiamento Inovacred 4.0, empresas brasileiras com receita operacional bruta anual de até R$ 300 milhões, com atividades econômicas nos setores da Indústria da Transformação e da Agricultura.
Os projetos devem ser alinhados aos seguintes temas:
- internet das coisas
- computação na nuvem
- Big Data
- segurança digital
- manufatura aditiva
- manufatura digital
- integração de sistemas
- digitalização
- sistema de simulação
- robótica avançada
- inteligência artificial
Além disso, é preciso ter um plano de digitalização desenvolvido por empresa integradora credenciada pela Finep.
“O BRDE é um dos maiores repassadores de recursos da Finep. E com a expansão do limite de receita operacional para R$300 milhões, mais empresas podem aderir as linhas de inovação, para investir no atendimento às novas demandas da sociedade, com redução custos de produção, o que torna a indústria do sul do Brasil mais competitiva”, afirmou a gerente adjunta interina de Planejamento, Thais Paola Grandi.
Mais informações sobre financiamento nessa linha de crédito do BRDE podem ser obtidas aqui.