Economia
Black Friday movimenta comércio no Paraná; veja dicas para evitar cair em golpes
Foto: Rovena Rosa/Arquivo/Agência Brasil

Black Friday movimenta comércio no Paraná; veja dicas para evitar cair em golpes

Data é uma das mais aguardadas pelos setores do comércio e serviços.

Rafael Nascimento - sexta-feira, 24 de novembro de 2023 - 07:15

A Black Friday, uma das datas mais aguardadas pelos setores do comércio e serviços, e conhecida pelas promoções, acontece nesta sexta-feira (24) no Paraná e em todo o país. No Estado, a Defensoria Pública traz alguns alertas para os consumidores evitarem golpes e que as compras, sejam elas online ou presenciais, não gerem dor de cabeça.

Mais de 40% dos paranaenses pretendem aproveitar a Black Friday para adquirir algum item, segundo levantamento da Fecomércio PR. Outra pesquisa recente, divulgada pela Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Paraná (Faciap), estima que o ticket médio dos consumidores no Estado nas liquidações será de R$ 1.678,66.

A data é aguardada por muitos consumidores, que aproveitam as promoções em itens diversos, como roupas, eletrônicos e eletrodomésticos, e também pelos comerciantes, que ganham mais com a alta procura.

O defensor público e coordenador do Núcleo de Defesa do Consumidor da DPE-PR, Erick Lé Palazzi Ferreira, afirma que, ainda que esta seja uma época de grandes promoções, é necessário desconfiar de preços que fogem muito da média de preço do mesmo produto/serviço anunciada pela concorrência.

É comum que alguns estabelecimentos sinalizem uma promoção do produto quando, na verdade, o preço é o mesmo do anterior à Black Friday.

Nesses casos, a pesquisa em diferentes lojas também é importante. Alguns aplicativos e sites fazem a comparação entre as ofertas do mesmo produto, e podem ser uma boa ferramenta de economia e análise no momento da compra.

Além disso, o consumidor deve se atentar para as condições de troca e garantia, que variam quando a compra é feita pela internet ou presencialmente. Em compras online ou quando a entrega é feita em casa após a compra na loja física, a pessoa que comprou tem direito à devolução sem apresentar justificativas em até sete dias após a entrega do produto.

“Para compras presenciais, retiradas no próprio estabelecimento, a troca depende da política do fornecedor”, explica o defensor.

Isso não se aplica, no entanto, aos casos de defeitos nos produtos. A empresa deve sanar o problema em um prazo de 30 dias para bens não duráveis e 90 dias para bens duráveis que foram vendidos com algum defeito ou diferentemente do que foi comprado.

“Nesses casos, é possível a escolha entre troca por outro produto igual, a devolução do dinheiro – com a devolução do produto – no valor integral, ou escolher outro produto e fazer o abatimento proporcional do preço”, completa.

Mesmo com os devidos cuidados, se o consumidor sofrer um golpe, é fundamental registrar um boletim de ocorrência na Delegacia de Crimes Contra a Economia e Proteção ao Consumidor (DELCON) ou em uma delegacia comum.

Se a empresa não garantir os direitos de troca, a pessoa lesada deve procurar as instituições e órgãos de defesa do consumidor, como o PROCON-PR (Coordenação Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor) ou realizar a reclamação diretamente no site consumidor.gov.br.

Ainda, se o problema não for solucionado, é possível buscar o Juizado Especial para a resolução de ações que valem até 20 salários mínimos, ou a Defensoria Pública em ações com valor superior.

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