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Uma pedra no caminho, a versão paranaense do “Bebê de Rosemary”

Uma pedra no caminho, a versão paranaense do “Bebê de Rosemary”

A pedra não está mais lá, mas a pista ainda não foi liberada e a demora para o trajeto de Curitiba Paranaguá está, em média 3 horas.

Pedro Ribeiro - sábado, 12 de novembro de 2022 - 18:22

A pergunta é simples, porém, a resposta não é clara. Ninguém, nem o governo federal e nem o governo estadual, arrisca assumir a “pedra no caminho” que vem causando transtornos a milhares de usuários da rodovia que liga Curitiba a Paranaguá. 

Parece ser a versão paranaense do “Bebê de Rosemary”. Ninguém quer assumir a paternidade. Há 30 dias, uma pedra se deslocou na altura do Viaduto do Padre, na Serra do Mar, e, embora a rocha tenha sido removida, a pista continua interditada.

Neste fim de semana, os usuários da rodovia demoraram, em média, três horas, saindo de Curitiba, até chegar no Viaduto de Morretes. Nas proximidades do trecho interrompido, onde só passam veículos por meia pista, nem vestígio da dita pedra.

De quem é a responsabilidade e quem deve resolver o problema, perguntamos ao secretário estadual de Infraestrutura, Fernando Furiatti Saboia? Sua resposta foi curta e grossa: DNIT. O deputado Arilson Chioratto confirma, mas faz uma ressalva: a manutenção é do governo do Estado.

Pelo que tivemos conhecimento, a BR 277 é do Governo Federal e, pela parceria com o Governo do Estado, a responsabilidade pela manutenção é governador Ratinho Junior que assumiu o trecho após o fim do contrato com as concessionárias do pedágio.

Nesta sexta-feira, 11, o deputado Luiz Cláudio Romanelli cobrou agilidade do DNIT na manutenção das rodovias federais que cortam o Paraná, principalmente nos trechos que faziam parte do Anel de Integração e estavam sob os cuidados das concessionárias de pedágio.

“Estamos há praticamente um ano sem conservação das rodovias federais”, disse Romanelli. “O governo federal largou completamente as estradas e precisamos de uma solução”, afirmou. Segundo o deputado, o Governo do Paraná está fazendo a sua parte, com investimento de R$ 200 milhões na conservação das estradas estaduais.

Romanelli reforçou que a obrigação da manutenção das BRs é do governo federal. “Talvez não possamos exigir uma solução para hoje, até porque o DNIT precisa de orçamento. Mas temos que cobrar resultados e responsabilidades do governo federal até que se decida como vai ficar o programa de concessão das rodovias do Paraná”, observou. 

 

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