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Seu corpo pode estar pedindo ajuda pelo exame de sangue

Seu corpo pode estar pedindo ajuda pelo exame de sangue

Exames de sangue não mentem. Com auxílio de um bom profissional, os resultados podem indicar os caminhos para uma vida mais saudável

João Arruda - quarta-feira, 26 de outubro de 2022 - 09:00

Eu precisei de ajuda! Aos 44 anos, descobri que estava com quase 500 mg/dL de colesterol, grau avançado de gordura no fígado, depressão e ansiedade, hemocromatose, 30 kg acima do peso, e outros problemas que são consequências de um estilo de vida descontrolado. Eu estava à beira de um infarte. Quando a médica abriu meus exames (atrasados em quatro anos), perguntou-me se eu não estava tonto ou passando mal. Eu achava que estava tudo certo, e que a médica era uma exagerada.

Também achava que estava “melhor que muita gente” do meu convívio (e talvez estivesse mesmo). Ia me convencendo de que “excessos todos cometem”. Mas eu estava errado. A verdade é que se eu não tivesse olhado para mim, para minha saúde, morreria do coração antes de escrever esta coluna. Virei a chave porque amo viver, amo minha família, e cheguei à conclusão de que não posso educar meus filhos sem praticar o que ensino.

COMO COMEÇAR A MUDAR?

Os exames (que muitos têm medo de fazer) são um ponto de partida. Procure um médico. Alguns planos de saúde permitem agendamentos pelo aplicativo, a consulta pode até mesmo ser por telemedicina. Para fazer pelo SUS, você precisa ir ao atendimento do seu bairro. No público e no particular, o tempo de espera é o mesmo. Coragem, porque exames de sangue não mentem. Com os resultados na mão, é hora de escolher o que vai melhorar primeiro.

Em vez de lutar para eventualmente fazer uma foto com barriga tanquinho, busque um retrato da evolução dos seus exames. Estabeleça como meta!

CUIDADO COM OS ‘ESPECIALISTAS’

Esta coluna e o podcast são antídotos contra os que se chamam “especialistas em saúde”, em hábitos saudáveis, convencem-se que fazem “o certo”. Assim, podem recomendar o que bem entendem, sem dor na consciência. Esses tipos devem ser evitados ao máximo. É preciso usar bem a liberdade de sermos adultos. Se alguém está tomando decisões por você, esteja avisado: é um caminho para o fundo do poço.

O que pode ficar com a gente, e é bem-vindo, é o espírito curioso da criança. Perguntar, perguntar de novo, testar, e contestar. E fazer esses questionamentos a pessoas que têm com o que contribuir, que se propõem a ensinar e aprender ao mesmo tempo. Não somos os donos da verdade, mas buscamos os melhores profissionais, e mostramos todas as versões e interpretações dos fatos quanto é possível.

O mundo real é a vida real. Sem tanquinho ou lábios siliconados no Instagram. Posso jurar a você: ao optar por um estilo de vida saudável, você não está condenado a virar um fútil da internet! Eu lhe convido a dar os primeiros passos comigo.


João Arruda é bacharel em Ciência da Saúde Integrativa pela Stetson University. Editor e apresentador do videocast Mundo Real. Acompanhe nas redes sociais:

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