Por que Ratinho Junior não confia nos profissionais da imprensa e marketing do Paraná?
Governador Ratinho Junior foi a São Paulo buscar gestores para a área da comunicação social, como se no Paraná não houvesse pessoal competente.
Volta e meia o governador Ratinho Junior (PSD) pisa em terreno pantanoso. Porém, articulado na Assembleia Legislativa e com uma base sólida nos municípios que o reelegeram com perto de 70% dos votos, vai desviando de cascas de bananas e de troncos em pântano minado.
Mas falta sacudir a poeira dos ventos que o levaram a mergulhar de cabeça na campanha de Jair Bolsonaro, o que deu com os burros n’água. Não se intimidou e tem erguido o topete – agora mais robusto – diante de possíveis ameaças de petistas que o querem ver pelas costas.
Se conseguir efetivar a vendas das ações da Copel que engordarão o caixa do Estado em R$ 3,2 bilhões, Ratinho Junior olhará por cima e terá, pelo menos, três anos de águas calmas pela frente investindo estes recursos na área social e infraestrutura.
Ficaria mais confortável ainda se o Governo Federal ignorasse, neste momento, os problemas ideológicos e aprovar um novo modelo de concessão rodoviária que viesse a contemplar a infraestrutura rodoviária do Estado com obras e tarifas baixas.
Não é impossível, pois o governo Lula sabe que não pode abandonar o Paraná, afinal as rodovias são federais.
Ratinho Junior, que surgiu como renovação no Estado, ainda não conseguiu, embora seja do ramo, montar um bom esquema de comunicação social. Tentou uma, duas vezes, não conseguiu e novamente subestimou jornalistas e profissionais da área da comunicação do Paraná buscando em São Paulo – antes foi a Santa Catarina – o guarda-chuva para ter uma posição de destaque no cenário nacional, o que não conseguiu fazer em quatro anos, para alçar voo maior, como o Palácio do Planalto.
Em tempos de candidato a deputado federal e mesmo ao governo do Estado, Ratinho Junior tinha um excelente relacionamento com a imprensa local, o que não acontece hoje. Não julgamos a competência dos jornalistas e gestores paulistas, mas lamentamos pelos profissionais paranaenses que, mais uma vez, foram preteridos no seu governo.
Os governos passam e a imprensa fica junto com seus atores.
