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Paraná, ‘supermercado do mundo’: agronegócio brasileiro fornece comida a 1,5 bi de pessoas

Paraná, ‘supermercado do mundo’: agronegócio brasileiro fornece comida a 1,5 bi de pessoas

O governador Ratinho Junior (PSD) pretende transformar o Estado do Paraná em um “supermercado do mundo”. Governador participa da abertura da Expoingá

Pedro Ribeiro - segunda-feira, 9 de maio de 2022 - 10:10

O governador Ratinho Junior (PSD) pretende transformar o Estado do Paraná em um “supermercado do mundo”, como afirmou durante a abertura da Expoingá, sexta-feira, 6, em Maringá. O desempenho do campo contribui com a ideia do governador, já que o setor do agronegócio já é responsável por um terço do PIB paranaense. O governador mostra, portanto, que está correto em relação ao que disse no início de seu governo sobre “transformações do ciclo produtivo”.

Corrobora com o pensamento do governador paranaense, o empresário e executivo de negócios, Luiz Carlos Trabuco Cappi, presidente do Conselho Administrativo do Bradesco quando avalia que, “o início da década de 1970, o Brasil importava alimentos. Hoje, é um dos cinco maiores exportadores de cana-de-açúcar, soja, café, frutas e cereais. Na pecuária, somos o maior exportador global de carne bovina, com um saudável rebanho de 218 milhões de cabeças de gado. O Brasil fornece comida para 1,5 bilhão de pessoas e é fundamental para a segurança alimentar do mundo”.

O Paraná está dentro deste contexto e, como destacou Ratinho Junior, quando observou que “nossa missão a missão é agregar valor ao produto final que vem do campo, ampliando o poderio do agronegócio paranaense”. O caminho é a industrialização, disse o governador ao explica que é preciso “fazer com que além da matéria-prima como o leite, o Paraná possa oferecer o queijo, iogurte, o achocolatado. É isso que vai aumentar a rentabilidade dos agricultores e gerar mais emprego e renda em todo o nosso Estado”.

Secretário Norberto Ortigara.

Norberto Ortigara, secretário da Agricultura e Abastecimento, ilustra o pensamento do governador em relação ao supermercado do mundo explicando que, hoje, o Paraná é o Estado mais agrícola do Brasil devido ao seu clima sendo, portanto, o segundo maior na produção de grãos e participa como primeiro polo na produção de proteína animal, com grande peso no frango, onde produz 34% e exporta 40%. Somos, também, o segundo na produção de suíno, segundo na produção de leite e primeiro na produção de peixe, mercado que cresceu 15% nos últimos anos.

Ortigara também reforça a participação paranaense na produção de bovino de corte e destaca o Estado como pólo na produção de proteína com 6 milhões de toneladas. “A tendência é de crescimento de toda cadeia do leite e boi”. O agro paranaense, complementa o secretário, participa com 36% do PIB e 80% das exportações do campo.

Ratinho Junior lembrou que a administração estadual é uma grande parceiro do agronegócio. Citou o investimento em infraestrutura, rodovias, portos, ferrovia e aeroportos, como facilitador do escoamento da safra – de acordo com a Secretaria de Estado da Infraestrutura e Logística, as ações batem na casa dos R$ 7 bilhões.

Segundo o governador, são várias as ações de governo com impacto direto no agronegócio. “São 25 mil quilômetros de instalação de redes trifásicas, o que vai permitir que o dono de uma granja, por exemplo, tenha estabilidade no fornecimento de energia. Há ainda o Descomplica Rural, que acabou com a burocracia no campo, e o apoio financeiro ao pequeno agricultor com o Coopera Paraná e o Banco do Agricultor”, afirmou Ratinho Junior.

“O mundo também exige que a produção seja sustentável. Projetos como o Paraná Mais Verde, o Rio Vivo, a proteção das matas ciliares e manutenção das reservas legais mostram que agro paranaense também tem qualidade ambiental”, destacou o governador.

Realizada pela Sociedade Rural de Maringá (SRM), a Exposição Feira Agropecuária, Industrial e Comercial de Maringá (Expoingá) apresenta o diferencial competitivo de um dos principais setores da economia brasileira, movimentando nas últimas edições em torno de R$ 600 milhões em negócios, com um público superior a 500 mil visitantes em 11 dias de evento.

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