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O Turismo no Brasil: crescimento e preços acessíveis
Denis Ferreira Netto/AEN

O Turismo no Brasil: crescimento e preços acessíveis

Segmento se encontra 2,3% acima do patamar de fevereiro de 2020

Lucas Dezordi - sexta-feira, 31 de maio de 2024 - 11:42

Neste mês de maio, foram divulgadas duas informações importantes sobre o turismo no Brasil: atividade econômica e preços.

Primeiro, gostaria de destacar que o IBGE através da sua Pesquisa Mensal dos Serviços (PMS) mostrou que o índice de atividades turísticas em março subiu 0,2% frete ao mês imediatamente anterior. Com isso, o segmento de turismo se encontra 2,3% acima do patamar de fevereiro de 2020, antes da pandemia de Covid-19.

Quando comparamos o mês de março de 2024 com março de 2023, o índice de atividade turística no Brasil subiu 0,5%, puxado principalmente pela maior receita de empresas operando nos ramos de restaurante, hotéis, espetáculos teatrais e musicais, serviços de bufê e agências de viagens. Por fim, quando comparamos o primeiro semestre de 2024 em relação ao mesmo período do ano anterior, o indicador de atividades turísticas mostrou expansão de 0,4%.

Segundo ponto, é sobre o IPCA do Turismo, divulgado pela Fecomércio/PR.

A tabela 1 descreve o comportamento dos preços da cesta de consumo do turismo no Brasil para o mês de março e abril de 2024, assim como a inflação acumulada em 12 meses e no ano. Em abril, o IPCA do Turismo registrou uma deflação de 0,70%, puxada principalmente pela queda nos preços de Passagens aéreas (-12,09%), Transporte por aplicativo (-1,18%), Aluguel de veículos (-4,34%) e Pacote turístico (-2,09%).

No ano, o IPCA do Turismo no Brasil registra uma deflação de 3,10%, sendo que o IPCA geral ficou em 1,80. O que vem contribuindo para a forte queda nos preços é o item Passagens aéreas. Entretanto, esperamos um aumento desse item para os próximos meses e uma recuperação dos preços.

Em linhas gerais, podemos destacar que o setor do turismo está em expansão e com boas ofertas de pacotes turísticos e viagens aéreas, nesse início de ano. É sempre bom aproveitar esses preços nesta época, pois em junho e julho, com as férias escolares, os preços tendem a subir.

Lucas Lautert Dezordi, é doutor em Economia, assessor econômico da Fecomércio-PR, economista-chefe da Rubik Capital e professor da PUC PR.

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