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Ney aponta o dedo e mostra o tom da campanha para a Prefeitura de Curitiba

Ney aponta o dedo e mostra o tom da campanha para a Prefeitura de Curitiba

Ney Leprevost, 50, corta a corda da guilhotina e mostra como deverá ser o tom da campanha à Prefeitura de Curitiba nas eleições de outubro. O prefeito Rafael Greca “não teve coragem para inovar, embora tenha sido um bom zelador urbano para a classe mais alta e está deixando Curitiba se transformar em uma Cracolândia […]

Pedro Ribeiro - quarta-feira, 7 de fevereiro de 2024 - 09:50

Ney Leprevost, 50, corta a corda da guilhotina e mostra como deverá ser o tom da campanha à Prefeitura de Curitiba nas eleições de outubro. O prefeito Rafael Greca “não teve coragem para inovar, embora tenha sido um bom zelador urbano para a classe mais alta e está deixando Curitiba se transformar em uma Cracolândia por não saber lidar com os moradores de rua. Ampliou os radares pegadinhas e esperou oito anos para terminar uma obra, a Linha Verde, a qual promete entregar em três meses, antes das eleições”.

O pretendente a ocupar o Palácio 29 de Março – esta é a segunda campanha de Ney para a Prefeitura de Curitiba – também não poupou críticas ao vice-prefeito e pré-candidato, Eduardo Pimentel, afirmando que ele “é marionete do prefeito Greca e precisa amadurecer”. Em entrevista à coluna, Leprevost afirmou que disputará o segundo turno com o pré-candidato de esquerda, ex-prefeito Luciano Ducci (PSB).

Embora ainda não seja candidato oficial do partido União Brasil, o que deverá ser oficializado durante encontro do partido a ser realizado em Curitiba no início de abril, Leprevost já fala como pré-candidato. “A direção geral do partido acredita que possamos vencer as eleições em Curitiba e Salvador”, pontuou.

Não será uma batalha fácil para Leprevost que terá, pela frente, a oposição do prefeito Rafael Greca que tem o apoio de 70% dos eleitores da capital, enfrentará a máquina da Prefeitura de Curitiba e do Palácio Iguaçu que querem Pimentel na chefia do executivo da capital. “Sei que será um grande desafio, mas estou preparado para enfrenta-lo e tenho certeza de que muita coisa mudará a partir de abril, quando haverá a desincompatibilização para campanha”. Se refere a Pimentel que deixará o cargo de secretário das Cidades do governo Ratinho Junior.

Leprevost, que se considera amigo do governador Ratinho Junior, do qual foi secretário da Justiça, disse que o governador “é leal e se comprometeu com Pimentel, dando todas as condições para que o candidato se credencie  ao cargo de gestor da capital, mas, a partir de abril, ficará livre dos compromissos de apoio e poderá rever sua posição, mesmo porque eu ofereci a vice ao PSD do governador, pois não tenho que distribuir cargos para ninguém, só com o União Brasil”, disse Ney.

O presidente do União Brasil em Curitiba pontuou que não é candidato de esquerda, de centro ou de direita, mas que segue os pensamentos de Ulisses Guimarães: “é para frente Curitiba. É para frente que se anda”. Também afirmou que não é oposição ao prefeito Rafael Greca para quem perdeu as eleições de 2016 por apenas 3% dos votos.

Para Ney, Curitiba precisa de inovação. “Temos que nos reunirmos com técnicos da Prefeitura e do Brasil para instalarmos na capital o VLT, pois o transporte coletivo atual está defasado e hoje não tem mais respaldo da atual gestão municipal. “Precisamos discutir a tarifa zero para o transporte coletivo. Tenho informações de que R$ 800 milhões por ano, de um orçamento previsto de R$ 14 bilhões, seriam suficientes para termos a tarifa zero”.

Com dedo dirigido a Greca, Leprevost lamentou a indústria dos radares de Curitiba, principalmente os que chama de “pegadinhas”, onde multam senhoras e deixam de fiscalizar os verdadeiros infratores, que matam no trânsito, não sãos as idosas, mas jovens bêbados que fazem barbáries nas madrugadas”. O pré-candidato garantiu que acabará com esses radares.  

“Não posso acreditar, mas é realidade, pois vejo diariamente o aumento do número de moradores de rua em nossa cidade que caminha para se transformar em uma Cracolândia, a exemplo de São Paulo”, lamentou. “Precisamos, através da FAS, fazermos um treinamento diferenciado a esse pessoal, levando especialistas até as casas dos parentes dessas pessoas que são vítimas do alcoolismo e do crack.  Precisam de internamento voluntário ou compulsório. Precisamos tratar essas pessoas que vivem em situação desumana de drogadição, pois entendo que elas querem, mas não conseguem, pois não tem decisão própria. Depois da desintoxicação poderemos lhes dar moradia social em imóveis da prefeitura com acompanhamento psicológico e cursos para voltarem a trabalhar e ter amor à vida e, quem sabe, retornar ao seio da família”.

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