Entre o clamor da independência e silêncio da indignação…
Reflexões sobre a liberdade almejada, o momento eleitoral, e os anseios do cotidiano brasileiro. Vale a pena conferir:
Os tempos são de: preciosos pensamentos…
Duzentos anos se passaram, e as indefinições ainda persistem… quanto a liberdade almejada, e o desprezo das amarras sociais; quanto a igualdade perseguida, e a limitação imposta através do poder; quanto aos sonhos do país em desenvolvimento, e os desvios de interesses alheios, aos comuns… enfim, são estranhos momentos que estamos sendo obrigados a suportar.
As eleições estão batendo a porta, e ainda sinto falta: de campanhas efetivamente voltadas a demonstração de planejamentos de trabalhos, e não fundada em ataques aos opositores; de candidatos que demonstrem preparo para enfrentar os desafios da vida política, e não meros colecionadores de votos partidários; de bons debates, vinculados com discursos inteligentes para apresentar planos de governo e propostas efetivas, e não apenas ofensas pessoais e partidárias…
Ah meu Brasil, de tantas cores, raças e amores, “se entre outras mil, és tu Brasil, o Pátria amada”, porque nossa política não segue os horizontes expressados no hino que vibra em meu coração? Por que não caminhar para a realidade da “Paz no futuro e glória no passado”, e ainda que “Mas se ergues da justiça a clava forte… Verás que um filho teu não foge à luta”, venha a ecoar também no cotidiano dos representantes legalmente investidos.
Tantos interesses diversos, tantas ofensas infundadas, tantas notícias inverídicas, tantos questionamentos irrelevantes, e tantas liberdades de manifestações coerentes, sendo tolhidas, censuradas e retiradas das mídias sócias… que me questiono: onde a minha alegria e emoção de ouvir o hino nacional, vai encontrar amparo, esperança e sobrevivência?
Ainda dá tempo, ainda há condições, e ainda creio que: as verdadeiras formas de governos serão apresentadas, fundamentadas na legislação em vigor, nos preceitos constitucionalmente previstos, e em consonância com a realidade e necessidade do povo brasileiro.
Que o legislativo, venha a legislar!
Que o executivo, venha a executar!
E que o Judiciário, venha a julgar!
Cada qual, com as suas competências, com a divisão precisa dos poderes, e com o respeito que nós, povo brasileiro, precisamos merecer!
Chega de ataques, de repúdios, e de ameaças, entre os poderes que formam o governo brasileiro.
Precisamos, realmente, de independência! De liberdade! De dignidade nacional!
Parafraseando Claudio Lamachia, em seu discurso, quando assumiu, em 2016, a presidência da Ordem dos Advogados do Brasil Nacional:
“Nosso partido sempre foi o Brasil, nossa ideologia sempre será a Constituição Federal!”
E dela, ainda vale lembra do seu preâmbulo:
“Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.”
Da lembrança da promulgação da CRFB/88, o nosso hino, que seja cada dia mais presente em nossas vivências diárias, afinal:
“De um povo heróico o brado retumbante,
E o sol da Liberdade, em raios fúlgidos,
Brilhou no céu da Pátria nesse instante.
Se o penhor dessa igualdade
Conseguimos conquistar com braço forte,
Em teu seio, ó Liberdade,
Desafia o nosso peito a própria morte!”
Não consigo mais silenciar esse anseio pela verdadeira liberdade em sua essência!
Que Deus abençoe nosso país, nossos representantes legais, e nosso povo brasileiro!
Abraços,
Janaina Chiaradia