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Entre o clamor da independência e silêncio da indignação…

Entre o clamor da independência e silêncio da indignação…

Reflexões sobre a liberdade almejada, o momento eleitoral, e os anseios do cotidiano brasileiro. Vale a pena conferir:

Janaina Chiaradia - quarta-feira, 7 de setembro de 2022 - 13:15

Os tempos são de: preciosos pensamentos…

Duzentos anos se passaram, e as indefinições ainda persistem… quanto a liberdade almejada, e o desprezo das amarras sociais; quanto a igualdade perseguida, e a limitação imposta através do poder; quanto aos sonhos do país em desenvolvimento, e os desvios de interesses alheios, aos comuns… enfim, são estranhos momentos que estamos sendo obrigados a suportar.

As eleições estão batendo a porta, e ainda sinto falta: de campanhas efetivamente voltadas a demonstração de planejamentos de trabalhos, e não fundada em ataques aos opositores; de candidatos que demonstrem preparo para enfrentar os desafios da vida política, e não meros colecionadores de votos partidários; de bons debates, vinculados com discursos inteligentes para apresentar planos de governo e propostas efetivas, e não apenas ofensas pessoais e partidárias…

Ah meu Brasil, de tantas cores, raças e amores, “se entre outras mil, és tu Brasil, o Pátria amada”, porque nossa política não segue os horizontes expressados no hino que vibra em meu coração? Por que não caminhar para a realidade da “Paz no futuro e glória no passado”, e ainda que “Mas se ergues da justiça a clava forte… Verás que um filho teu não foge à luta”, venha a ecoar também no cotidiano dos representantes legalmente investidos.

Tantos interesses diversos, tantas ofensas infundadas, tantas notícias inverídicas, tantos questionamentos irrelevantes, e tantas liberdades de manifestações coerentes, sendo tolhidas, censuradas e retiradas das mídias sócias… que me questiono: onde a minha alegria e emoção de ouvir o hino nacional, vai encontrar amparo, esperança e sobrevivência?

Ainda dá tempo, ainda há condições, e ainda creio que: as verdadeiras formas de governos serão apresentadas, fundamentadas na legislação em vigor, nos preceitos constitucionalmente previstos, e em consonância com a realidade e necessidade do povo brasileiro.

Que o legislativo, venha a legislar!

Que o executivo, venha a executar!

E que o Judiciário, venha a julgar!

Cada qual, com as suas competências, com a divisão precisa dos poderes, e com o respeito que nós, povo brasileiro, precisamos merecer!

Chega de ataques, de repúdios, e de ameaças, entre os poderes que formam o governo brasileiro.

Precisamos, realmente, de independência! De liberdade! De dignidade nacional!

Parafraseando Claudio Lamachia, em seu discurso, quando assumiu, em 2016, a presidência da Ordem dos Advogados do Brasil Nacional:

“Nosso partido sempre foi o Brasil, nossa ideologia sempre será a Constituição Federal!”   

E dela, ainda vale lembra do seu preâmbulo:

“Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.

Da lembrança da promulgação da CRFB/88, o nosso hino, que seja cada dia mais presente em nossas vivências diárias, afinal:

“De um povo heróico o brado retumbante,
E o sol da Liberdade, em raios fúlgidos,
Brilhou no céu da Pátria nesse instante.
Se o penhor dessa igualdade
Conseguimos conquistar com braço forte,
Em teu seio, ó Liberdade,
Desafia o nosso peito a própria morte!”

Não consigo mais silenciar esse anseio pela verdadeira liberdade em sua essência! 

Que Deus abençoe nosso país, nossos representantes legais, e nosso povo brasileiro!

Abraços,

Janaina Chiaradia  

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