De direita ou de esquerda, o que o povo quer?

Há muito tempo não se via no Brasil – provavelmente desde as Diretas Já – uma mobilização tão grande em cima do processo eleitoral. Há muito tempo, também, não assistimos a uma guerra entre esquerda e direita e, em muitos casos, sem saber o que é esquerda e o que é direita. O fanatismo tomou conta das redes sócias e das ruas.

A grande maioria, seja de esquerda ou direita, que discute nos bares, nos lares, nas redes, não têm qualquer noção sobre o futuro do país, seja do ponto de vista econômico ou social. Poucos brasileiros estão, hoje, preocupados se existe um plano de governo que possa tirar o país desta situação incômoda, principalmente na área econômica e social.

O que existe é um fanatismo, de ambos os lados, nesta polarização entre Lula e Bolsonaro, com a igreja no centro. O que importa, ao que parece, é ver multidões nas ruas vestidas de verde e amarelo bradando o nome do seu candidato sem, contudo, ter noção do que nos espera pela frente, com desemprego, pessoas passando fome.

Não há um debate consciente sobre o futuro. Hoje vivemos uma era em que não é preciso encantar multidões, se fazer de querido ou com capacidade de inflamar ânimos ou emoções, mas que o candidato, o futuro governante, tenha o essencial, tudo o que o país precisa, ou seja, honestidade de propósitos, compromisso com a ética e a verdade e, acima de tudo, que tenha respeito pela cidadania e reconheça que o povo brasileiro já anda por demais sofrido e castigado pelo pelo descaso e abandono. 

Ser reconhecido e valorizado. Isso é tudo o que o brasileiro quer. Ou só isso.

De direita ou de esquerda.