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Acidente, longa fila, prejuízos e demora do governo para solucionar problema na BR-277

Acidente, longa fila, prejuízos e demora do governo para solucionar problema na BR-277

Mais um acidente na BR-277 e morosidade do Governo do Estado para solucionar o problema.

Pedro Ribeiro - domingo, 28 de maio de 2023 - 09:54

Nesta sexta-feira, 27, mais um acidente com caminhão na serra do mar paralisou a BR-277 entre Curitiba e Paranaguá. O problema poderia ter sido solucionado em poucas horas se ainda tivéssemos a rodovia sob a administração das concessionárias. Mais prejuízo ao setor produtivo e de transportes e mais incômodo aos usuários.

Usuários da rodovia reclamavam que sequer foram avisados do acidente pela Polícia Rodoviária Federal no posto logo após a praça de pedágio. “Não há consideração por parte das autoridades e mais uma vez o governo d Estado da as costas para nós”, se queixou um motorista que ficou por mais de quatro horas na fila.

O presidente da Federação da Agricultura do Estado do Paraná – Faep e do Senar Paraná – Ágide Meneguette disse que “o setor produtivo está vigilante. Desde o fim das concessões, as nossas rodovias ficaram em estado de abandono. Incidentes que poderiam ter sido previstos, evitados ou minimizados afetaram o transporte da nossa safra de grãos. Tudo isso trouxe prejuízos aos produtores rurais. Queremos que esse cenário não se repita na próxima safra”.

Ele lamenta ainda: “esperou-se vencer o prazo em relação ao pedágio e essa inabilidade política nos custou caro. O Paraná viu o que ocorreu com as nossas estradas e os produtores sentiram no bolso o prejuízo”. Lamentou o líder do setor rural paranaense.

O consultor de Logística da Faep-Senar, Nilson Hanke Camargo observa que “o setor produtivo está preocupado, porque não se trata de processos simples. Quando as antigas concessões enceram em novembro de 2021, as rodovias estavam em condições razoavelmente boas. Mas a malha ficou, desde então, se deteriorando. Quem assumir, vai precisar fazer uma série de obras de recuperação. Não são coisas que se fazem do dia para a noite. Na melhor das hipóteses, são obras que levam um semestre”, 

Até em razão disso, a Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Paraná (Fetranspar) se posicionou contra a realização da licitação dos dois primeiros lotes em datas diferentes. Com o lote 2 – justamente o que contempla a descida a Paranaguá – sendo licitado três semanas depois do lote 1, se perderá um tempo precioso, atrasando ainda mais um cronograma que já é delicado. O presidente do Sistema Fetranspar, coronel Sérgio Malucelli, defendeu a antecipação da licitação do lote 2 para o dia 25 de agosto.

“O ideal é que se fizesse a licitação dos dois lotes no mesmo dia. Nós já esperamos um ano e meio e não podemos ter mais atrasos. Com esses transtornos, os prejuízos se acumulam. Se atrasar, teremos mais problemas na próxima safra, como tivemos na temporada atual”, relembra Malucelli.

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