Colunas
A forte atividade econômica
Fonte: https://newtrade.com.br/varejo/setor-de-servicos-ainda-e-o-que-mais-emprega-no-brasil/

A forte atividade econômica

O Banco Central divulgou, em 18/03, que o IBC-Br (índice de atividade econômica) cresceu 0,60% em janeiro. O consenso dos economistas previa uma alta de 0,26% no mês. Ou seja, nossa atividade econômica está surpreendendo para cima. Comparando o crescimento de janeiro com o mesmo período do ano anterior, o indicador registrou uma alta de […]

Lucas Dezordi - segunda-feira, 18 de março de 2024 - 14:39

O Banco Central divulgou, em 18/03, que o IBC-Br (índice de atividade econômica) cresceu 0,60% em janeiro. O consenso dos economistas previa uma alta de 0,26% no mês. Ou seja, nossa atividade econômica está surpreendendo para cima. Comparando o crescimento de janeiro com o mesmo período do ano anterior, o indicador registrou uma alta de 3,45% e em 12 meses uma expansão de 2,47%.

Mas qual setor está liderando essa expansão?

Em grande medida, pelo lado da oferta o setor de serviços está puxando essa expansão. Em janeiro de 2024, o volume de serviços no Brasil registrou aumento de 0,7% frente ao mês imediatamente anterior. Isto indicou um terceiro resultado positivo consecutivo, período em que acumulou um ganho de 1,9%. É importante destacar que o setor de serviços se encontra 13,5% acima do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia), demonstrando que nossa economia se recuperou bem dos impactos negativos do Covid-19.

Falta entendermos qual variável da demanda está puxando esse setor.

Temos que pelo lado da demanda, o crescimento da massa salarial, baixa taxa de desemprego e pagamentos de precatórios, no valor total de R$ 93,14 bilhões, estimularam de forma significativa a expansão do consumo das famílias. Só para termos uma ideia de como o consumo está crescendo, os dados de 2023 indicaram um aumento de 2,9% no PIB, sendo que o consumo expandiu 3,1%. Foi de longe a maior contribuição para o PIB.

Temos, portanto, que o setor de serviços está sendo alimentado pela variação positiva do consumo que, por sua vez, indicam uma economia forte e pujante, com mercado de trabalho bem aquecido.

Com efeito, teremos essa semana a reunião do Copom para definição da nova meta de taxa de juros e a ata do comitê a qual será divulgada na próxima semana, indicando como o Banco Central do Brasil (BCB) está considerando esses dados positivos da atividade produtiva.

Particularmente, acredito que o BCB vai ficar mais cauteloso e avesso em reduzir mais rápido a taxa de juros em virtude do aquecimento de nossa economia.

Lucas Lautert Dezordi, é doutor em Economia, sócio da Valuup Consultoria, economista-chefe da TM3 Capital e professor da PUC PR.

Compartilhe