Produtores chamam atenção para “crise do leite” no Paraná
Entre os problemas está a deflação de 2,83%, resultado da importação da Argentina e Uruguai
Os produtores de leite no Paraná buscam apoio do Governo Federal para lidar com uma crise no setor. Entre os problemas enfrentados está a deflação de 2,83%, resultado da importação da produção excedente da Argentina e do Uruguai.
Enquanto o quilo do leite em pó brasileiro é vendido a US$ 6,12, o leite em pó argentino custa US$ 3,88/Kg e o uruguaio US$ 3,81/Kg. O queijo muçarela brasileiro é 27% mais caro que o dos vizinhos. Ainda assim, segundo a Associação Proleite, os produtores estão trabalhando com preços pelo menos R$ 0,50 abaixo do custo da produção.
Crise do leite
Lideranças políticas e produtores rurais se reuniram na última sexta-feira (01) em uma mobilização chamada “Crise do Leite”. A reunião foi promovida pela Associação dos Municípios do Sudoeste do Paraná (Amsop) e pela Associação das Câmaras Municipais do Sudoeste do Paraná (Acamsop), em Francisco Beltrão.
Entre as demandas defendidas pelos produtores estão a volta da taxação para a importação de leite, em especial o leite em pó, a fixação de cotas para as importações no Mercosul, a proibição da reidratação do leite em pó e maior fiscalização das questões sanitárias do produto vindo de fora.
O Paraná é o terceiro maior produtor de leite do Brasil, com 3,9 bilhões de litros por ano. Segundo o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná, esta produção é obtida por 110.000 produtores, dos quais 86% são pequenos, com até 250 litros por dia.
Nesta semana, o deputado estadual Luis Corti (PSB) deve ir à Brasília para tratar do tema. O parlamentar encaminhou ao Governo Federal um pedido de implementação de medidas emergenciais de apoio ao setor.