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Viaduto de Pinhais: construção pode parar na Justiça

Viaduto de Pinhais: construção pode parar na Justiça

Cerca de 170 famílias ocupam o terreno onde será feita a obra do viaduto entre Curitiba e Pinhais, na região metropolitana.

Larissa Biscaia - BandNews FM Curitiba - sexta-feira, 25 de março de 2022 - 15:43

Cerca de 170 famílias ocupam o terreno onde será feita a obra do viaduto entre Curitiba e Pinhais, na região metropolitana. Com orçamento previsto de R$ 44,2 milhões, a construção ligará Avenida Maurício Fruet, em Curitiba, com a Avenida Ayrton Senna, em Pinhais.

O viaduto passará por cima da linha férrea e de um rio que corta o trecho. Uma parte do terreno pertence à Associação de Moradores da Vila Autódromo. Hoje, cerca de 350 pessoas ocupam além do território próprio.

O presidente da entidade, Neemias Portela, afirma que há um pedido de usucapião, quando um grupo ou uma pessoa pode adquirir a propriedade de um bem, pelo uso por determinado tempo.

Segundo o presidente, não houve proposta de negociação. Ele afirma que as famílias estão dispostas a sair do local, se o poder público encontrar uma nova moradia para elas: “Nessa própria área, dá para construir as mesmas casas, da maneira correta”.

No horário de pico, cerca de três mil veículos passam por hora no local. A responsabilidade pela construção é da Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec).

O viaduto faz parte de quatro lotes de obras, com o objetivo de desafogar o trânsito no limite dos dois municípios. A ocupação começou em setembro de 2021

A advogada especialista em Direito Tributário e Imobiliário, Vanessa Lois, explica que o pedido de usucapião pode ser feito em algumas condições. Por exemplo, a ocupação por 10 ou 15 anos seguidos.

“Há vários tipos de usucapião e cada um deles tem um requisito, como boa fé, posse contínua ininterrupta sem oposição – que o dono nunca tenha reivindicado aquela posse”, exemplifica a especialista. Já a desocupação do terreno pode acontecer por meio de um pedido judicial. 

Questionada pela reportagem, a Prefeitura de Pinhais afirma que a ocupação fica em Curitiba e que a obra é uma parceria com o Governo do Estado. Assim, responsabilidade seria da capital. Já a Prefeitura de Curitiba afirma que a obra fica em Pinhais e que o terreno é particular.

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