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Trump deixa hospital e pede que americanos não temam o coronavírus

Trump deixa hospital e pede que americanos não temam o coronavírus

LUCAS ALONSOBAURU E SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Caminhando e fazendo sinal de positivo com as mãos, Donald Trump deixou..

Folhapress - segunda-feira, 5 de outubro de 2020 - 22:24

LUCAS ALONSO

BAURU E SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Caminhando e fazendo sinal de positivo com as mãos, Donald Trump deixou o hospital militar Walter Reed na noite desta segunda (5). Ele passou três dias internado para tratar da infecção por coronavírus – e vai continuar o tratamento na Casa Branca.

Usando máscara, Trump andou sem ajuda até o carro que o levou ao helicóptero oficial. Chegando à Casa Branca, porém, ele removeu a proteção e posou para fotógrafos.

Mais cedo, o republicano, além de anunciar nas redes sociais que voltaria para casa nesta segunda, voltou a minimizar o vírus. “Estou me sentindo muito bem! Não tenha medo da Covid. Não a deixe dominar sua vida. Nós desenvolvemos, no governo Trump, ótimos remédios e conhecimento. Sinto-me melhor do que há 20 anos.”

Logo depois da declaração, a presidente da Câmara, a democrata Nancy Pelosi, em entrevista à rede MSNBC, ironizou o anúncio e disse esperar que a equipe médica do tenha concordado com a decisão.

Os profissionais de saúde que tratam o republicano no centro médico militar em Maryland, próximo a Washington, confirmaram a alta dada a Trump em entrevista coletiva, mas fizeram ressalvas.

Sean Conley, médico da Casa Branca, disse que o presidente atingiu ou excedeu todos os critérios para tal, mas que ele ainda não está totalmente fora de perigo. Mesmo assim, estava liberado a ir para casa.

Ainda de acordo com a equipe médica, o presidente não reclamou de problemas respiratórios, não teve febre nas últimas 72 horas e recebeu a terceira dose do remdesivir, um antiviral criado para combater o ebola e autorizado para uso emergencial em pacientes infectados pelo coronavírus.

Por outro lado, os médicos se esquivaram de algumas perguntas sobre a condição do presidente, incluindo possíveis danos no pulmão e a data de seu último teste negativo. Conley justificou a decisão com base em uma lei que restringe a divulgação de certas informações de pacientes.

Assim, Trump, que por duas vezes teve de receber oxigenação suplementar e teve febre alta no dia da internação, na sexta (2), volta à Casa Branca, onde, segundo os médicos, poderá receber qualquer atendimento e procedimento realizado no hospital.

Contaminado pelo coronavírus e no centro de uma série de informações confusas e contraditórias sobre seu real estado de saúde, Trump, 74, tem feito o que pode para demonstrar força e vender a imagem de que seu empenho para tentar a reeleição em 3 de novembro não esmoreceu.

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