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Policiais rodoviários suspeitos de desviarem mercadorias são alvos de operação

Policiais rodoviários suspeitos de desviarem mercadorias são alvos de operação

Conforme as investigações, os envolvidos realizavam a venda dos produtos em plataformas de comércio eletrônicos.

Rafael Nascimento - quinta-feira, 10 de agosto de 2023 - 08:34

Policiais rodoviários federais que atuam no Oeste do Paraná são alvo de uma operação da Polícia Federal na manhã desta quinta-feira (10). Os agentes são suspeitos de desviarem mercadorias apreendidas no Estado, conforme a polícia.

A ação conta com mais de 150 policiais federais e 56 policiais da Corregedoria da PRF, que cumpriram 32 mandados de busca e apreensão, sete mandados de prisão cautelar, onze mandados de afastamento da função pública e dois mandados de sequestro de bens.

As ordens judiciais foram expedidas pela 3ª Vara Federal de Foz do Iguaçu, no Oeste paranaense, e cumpridas nas cidades de Foz do Iguaçu, Santa Terezinha de Itaipu, São Miguel do Iguaçu, Medianeira, Céu Azul, Cascavel, Toledo, Telêmaco Borba, além de Curitiba e São Paulo.

Conforme a PF, dos sete mandados de prisão cautelares, quatro foram em desfavor de policiais rodoviários federais – um deles já aposentado, e três para particulares. 

Outros sete policiais que integram a corporação investigados serão afastados de suas funções e responderão a processo administrativo disciplinar, dentro da própria PRF, que pode resultar na pena de demissão, respeitado o devido processo legal.

A operação da PF tem apoio da Corregedoria da PRF e do Ministério Público do Paraná.

Desvio de mercadorias apreendidas

Os servidores públicos investigados são suspeitos do desvio de mercadorias apreendidas no Paraná, além de facilitarem ações de particulares envolvidos com contrabando e descaminho. 

Conforme as investigações, os envolvidos realizavam a venda dos produtos em plataformas de comércio eletrônicos, ou, contavam com auxílio de outras pessoas para dar destinação ao material, normalmente enviado para o Estado de São Paulo.

Os policiais rodoviários federais que participavam do esquema devem responder por crimes contra Administração Pública, e, se condenados, estarão sujeitos a penas máximas que somadas ultrapassam 30 anos de prisão. Os demais envolvidos também responderão criminalmente.

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