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Policiais rodoviários são investigados por desviar produtos em ocorrências

Policiais rodoviários são investigados por desviar produtos em ocorrências

As investigações apuram possível envolvimento de policiais militares na apropriação indevida de equipamentos eletrônicos vindos do Paraguai.

Rafael Nascimento - terça-feira, 14 de março de 2023 - 10:09

Policiais rodoviários estaduais são investigados por possível envolvimento no desvio de produtos em ocorrências de fiscalização, no Norte do Paraná. Os investigados são alvos de uma operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), do Ministério Público do Paraná, nesta terça-feira (14).

Os agentes cumprem nove mandados de busca e apreensão e quatro mandados de intimação de medidas cautelares, nos municípios de Jataizinho, Ibiporã, Londrina, Sertanópolis, Uraí e Sertaneja, no âmbito da Operação Rota 303.

As investigações apuram possível envolvimento de policiais militares na apropriação indevida de equipamentos eletrônicos vindos do Paraguai.

As ordens judiciais foram expedidas pela Vara da Auditoria Militar de Curitiba, e são cumpridas com o apoio da Corregedoria-Geral da Polícia Militar.

Investigações

As investigações sobre o caso tiveram início após a análise de informações obtidas do celular de um policial rodoviário que foi alvo na Operação Imperium, deflagrada em maio de 2021 pelo Gaeco e voltada a desarticular organização criminosa do ramo de jogos ilegais que atuava em diversos municípios paranaenses e em São Paulo.

Nos registros foram identificadas tratativas de venda de produtos de origem paraguaia, que teriam sido subtraídos pelos policiais durante o atendimento de uma ocorrência de tentativa de roubo. Os bens indevidamente apropriados pelos agentes públicos valeriam cerca de R$115 mil.

Os policiais investigados atuariam na Polícia Rodoviária (BPRv) e na Polícia Ambiental/Força Verde (BPAmb-FV) do Paraná. Eles podem responder pelo crime de peculato.

Ainda de acordo com o Ministério Público, o Juízo criminal também impôs aos suspeitos a proibição de manter contato com testemunhas e demais investigados, por qualquer meio de comunicação – contato pessoal, telefônico, por meio eletrônico ou virtual.

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