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Parque Nacional do Iguaçu completa 84 anos como referência turística e ambiental

Parque Nacional do Iguaçu completa 84 anos como referência turística e ambiental

Ao longo de oito décadas, a unidade em Foz se consolidou como um polo turístico e de conservação ambiental do mundo.

Redação - terça-feira, 10 de janeiro de 2023 - 09:25

O Parque Nacional do Iguaçu, em Foz do Iguaçu, no extremo oeste do estado, celebra 84 anos de criação nesta terça-feira (10). Ao longo de oito décadas, a unidade se consolidou como um polo turístico e de conservação ambiental do mundo.

A população de onças-pintadas, animal símbolo do parque, cresceu cerca de 70% nos últimos anos. Já a visitação turística, que colabora para o desenvolvimento da economia local e regional, está em forte recuperação, representando 71% do ano de 2019, período anterior à pandemia. 

Nos próximos cinco anos serão investidos R$ 500 milhões em infraestrutura, operação e atrativos para o Parque Nacional do Iguaçu. O novo investimento vai ampliar a prestação dos serviços públicos de apoio à visitação, revitalização, modernização, operação e manutenção dos serviços turísticos, incluindo o custeio de ações em prol da conservação, proteção e gestão.

Para celebrar o aniversário o parque realizará hoje uma programação cultural. As atividades serão concentradas no Centro de Visitantes da unidade, das 9h às 11h. 

O chefe do Parque Nacional do Iguaçu, José Ulisses, fará a abertura das atividades comemorativas, juntamente com as concessionárias do parque, e representantes de entidades locais. Os visitantes vão ser recepcionados com música clássica durante toda a manhã. O grupo Energia Pura fará uma apresentação exclusiva, mesclando clássicos, tango, pop clássico, música latina e rock.

História

O Parque Nacional do Iguaçu foi criado em 10 de janeiro de 1939, por meio do Decreto-Lei n.º 1.035, do então presidente da República Getúlio Vargas. No ano de 1986, recebeu o título, concedido pela Unesco, de Patrimônio Mundial Natural

Já as Cataratas do Iguaçu, localizadas no interior da unidade de conservação, receberam o título de Maravilha Mundial da Natureza no dia 11 de novembro de 2011, em uma eleição internacional, com votos de pessoas de todo o mundo.

Turismo sustentável

O Parque Nacional do Iguaçu se consolidou, nesses 84 anos, como referência na conservação da natureza e no turismo sustentável no mundo. O parque, que é um dos mais visitados do Brasil, protege uma área de 185 mil hectares de Mata Atlântica e uma rica biodiversidade, constituída por espécies singulares da fauna e flora brasileiras. A unidade de conservação brasileira, localizada no Oeste do Paraná, faz fronteira com a Argentina, na província de Missiones. Já as Cataratas do Iguaçu estão situadas entre a cidade brasileira de Foz do Iguaçu e a argentina Puerto Iguazú.

Pesquisa e conservação da flora e fauna

A unidade de conservação também funciona como um grande laboratório a céu aberto, potencializando esforços em favor da conservação por meio de incentivo às pesquisas. Anualmente, o parque atende, em média, mil instituições de ensino, apoiando mais de 30 mil alunos, professores e pesquisadores.

Grande parte dos trabalhos científicos relacionados ao parque, cerca de 600, é sobre sua colossal biodiversidade. Entretanto, sabemos que é amplamente pesquisado e é tema de muitas outras pesquisas, visto que é referência em estudos acerca do parque e suas influências. Os temas são os mais diversos. Um exemplo são as últimas pesquisas sobre borboletas, que revelam um número de 800 espécies, algumas ainda não catalogadas.

Quanto à flora, o parque, em sua essência, é coberto pela Floresta Estacional Semidecidual (FES), do tipo Submontana na região Central e Sul, e Montana mais ao Norte. Apresentam elevada importância na floresta as espécies Aspidosperma polyneuron (peroba-rosa) e Euterpe edulis (palmito-juçara). Quanto à diversidade, foram identificados até o momento 761 angiospermas, 16 pteridófitas e 464 espécies de fitoplâncton. De acordo com a Lista Vermelha da IUCN, 16 espécies possuem o status “Em perigo”, como a Aspidosperma polyneuron (peroba-rosa) e Araucaria angustifolia (araucária), e sete “Vulneráveis”, como o Euterpe edulis (palmito-juçara) e Apuleia leiocarpa (garapa ou grápia).

Quanto à fauna, são elencadas até o momento 158 espécies de mamíferos, 390 de aves, 48 de répteis, 12 de anfíbios, 175 de peixes e pelo menos 800 de invertebrados. Segundo a Lista Vermelha da IUCN, foram verificadas dez espécies da fauna com status de conservação “Em perigo”, como a Puma concolor (onça-parda) e Panthera onca (onça-pintada), e 13 “Vulneráveis”, como Alouatta guariba (guariba), Mazama nana (veado-bororó), entre outras.

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