Paciente em cuidados paliativos visita Cataratas do Iguaçu pela primeira vez
O paciente recebe cuidados paliativos e o passeio foi feito como parte de um “last wish” (último pedido, em tradução literal).
O Parque Nacional do Iguaçu recebeu um visitante especial nesta semana. Valmiro Aparecido da Silva, de 54 anos, realizou o sonho de conhecer as Cataratas do Iguaçu sobre a maca do Hospital Costa Cavalcanti, onde está internado em tratamento contra um câncer. O paciente recebe cuidados paliativos e o passeio foi feito como parte de um “last wish” (último pedido, em tradução literal).
Valmiro foi acompanhado da equipe médica e de duas irmãs que também não conheciam o Parque Nacional. “Estava ansioso. A gente conhece pela TV, mas pessoalmente é muito mais bonito”, disse. A ideia da visita foi levantada durante uma conversa da equipe de cuidados paliativos do Hospital na semana em que ouviu dele a vontade de visitar algum lugar desconhecido. Morador de Foz do Iguaçu, Valmiro ainda não tinha tido a oportunidade de visitar o local.
CUIDADOS PALIATIVOS
Internado desde 23 de maio, Valmiro não pode fazer uma viagem de longa distância, por causa das condições de saúde debilitadas. Mas o passeio rápido, com o apoio do Hospital, foi possível. Esta foi a primeira vez que um paciente internado em uma instituição hospitalar fez uma visita às Cataratas.
“Logo que conversamos com ele e soubemos do desejo, já iniciamos os trabalhos, e aí foi uma união de esforços do Hope, equipe médica, imprensa, família e com a concessionária que administra o Parque para que tudo desse certo. Ficamos felizes de proporcionar ao Sr. Valmiro uma experiência única como essa”, conta a médica paliativista e coordenadora do Hope, Ana Paula Romanini. “Nessas simples ações que o paciente encontra vida e força para seguir em frente”.
A ação foi possível diante de uma liberação especial da Urbia Cataratas, administradora do Parque. Valmiro realizou o passeio acompanhado das duas irmãs, Maria Aparecida da Silva e Cenira Maria da Silva. “Isso é amor de verdade pelo que se faz. Deslocar um paciente para trazer até aqui, é gostar do trabalho. Agradeço a cada um da equipe do Hospital que organizou e proporcionou isso ao meu irmão”, disse Cenira.