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Operação mira quadrilha que movimentou mais de R$ 700 milhões em contrabando
A organização criminosa atuava com uma rede de colaboradores de agentes públicos, conforme a Receita Federal.
Uma operação conjunta da Receita Federal e da Polícia Federal mira uma quadrilha que movimentou mais de R$ 700 milhões em contrabando de eletrônicos e lavagem de dinheiro. A ação ocorre simultaneamente em cidades do Paraná e outros três estados.
Os auditores-fiscais e policiais cumprem 53 mandados de busca e apreensão e outros sete de prisão preventiva. No Paraná, há alvos em Curitiba e Londrina. As outras ordens judiciais são cumpridas em Santa Catarina, São Paulo e Rio de Janeiro.
A 9ª Vara Federal de Curitiba também determinou o sequestro, bloqueio e apreensão de bens imóveis, veículos, dinheiro em espécie, obras de arte, joias, criptoativos e outros itens de luxo ou de alto valor encontrados.
Conforme a Receita, a investigação apurou que a quadrilha realizava a importação ilegal de grandes quantidades de mercadorias de origem estrangeira de forma ilícita. A organização criminosa atuava com uma rede de colaboradores de agentes públicos ativos e inativos.
“O grupo seria responsável pela introdução de produtos no Brasil de forma ilegal a partir do Paraguai para, posteriormente, atender clientes dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Goiás e Distrito Federal, em cidades onde estão localizados grandes comércios populares e lojas de produtos eletrônicos importados irregularmente”, explica a Receita Federal.
Quadrilha tinha ramificações em várias partes do mundo
A quadrilha alvo da investigação conjunta da Receita Federal e Polícia Federal possui ramificações em várias partes do mundo, e estruturada em vários núcleos. As tarefas eram divididas entre a gestão, logística, financiadores, contadores, doleiros/operadores financeiros, compradores e ainda “laranjas”.
“Ao longo das investigações foram encontrados indícios de práticas de atividades ilícitas e lavagem de dinheiro. Contas bancárias relacionadas aos investigados acolheram valores originados de pessoas com registros de antecedentes criminais com incidência na prática de crimes de contrabando, descaminho e lavagem de dinheiro”, completa a Receita.
As equipes também identificaram que os produtos eram adquiridos diretamente de fornecedores nos Estados Unidos da América, China e Hong Kong, de modo que as cidades paraguaias da região da fronteira passaram a servir apenas como entreposto físico das mercadorias, recebidas por meio de serviços de encomenda postal internacional.
A quadrilha realiza os pagamentos da atividade criminosa com criptomoedas. Apenas em uma das empresas movimentou R$ 700 milhões.
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