Operação da PF mira grupo suspeito de fraudar o INSS
Suspeitos agiam na obtenção irregular de benefícios, especialmente pensões por morte e aposentadorias, conforme a polícia.
A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (8), uma operação que visa combater crimes previdenciários contra o INSS (Instituto Nacional de Seguro Social). A ação ocorre no Paraná, em Santa Catarina e Pernambuco.
De acordo com a PF, cerca de 160 policiais federais estão cumprindo 40 mandados de busca e apreensão e 15 mandados de prisão – sete preventivas e oito temporárias.
No estado, os mandados são cumpridos em Curitiba, Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana e em Maringá, no Norte paranaense. Também há alvos em Balneário Camboriú, Camboriú e Itajaí, no estado vizinho, além Petrolina/PE.
A operação busca desarticular três quadrilhas especializadas em fraudes contra a Previdência. Os grupos agiam na obtenção irregular de benefícios, especialmente pensões por morte e aposentadorias.
Para tanto, eles utilizavam documentos falsos para comprovar vínculos de dependência inexistentes com segurados falecidos, bem como reativavam irregularmente benefícios suspensos com o uso indevido de matrículas e senhas de servidores do INSS, passando a inserir os nomes de membros da organização como novos titulares ou curadores dos legítimos beneficiários.
A Força-Tarefa da PF e da Coordenação-Geral de Inteligência Previdenciária e Trabalhista já identificou um prejuízo de R$ 4,5 milhões aos cofres da Previdência Social, sendo que essa quantia poderia superar a casa de R$ 10 milhões, caso a operação policial não interrompesse a ação criminosa.
Os investigados responderão pelos crimes de organização criminosa, estelionato previdenciário, acesso indevido aos sistemas da previdência, entre outros que porventura venham a ser identificados. As penas somadas para tais crimes podem alcançar, aproximadamente, 20 anos de prisão.