Número de cirurgias eletivas cresce 41% no Paraná, diz Sesa
A Secretaria da Saúde estima que cerca de 200 mil paranaenses estejam aguardando por uma cirurgia eletiva, especialmente por procedimentos oftalmológicos.
O número de cirurgias eletivas cresceu 41% no Paraná no último ano. O levantamento da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) foi divulgado nesta semana e compara os procedimentos realizados em 2021.
Conforme a pasta, 468.450 cirurgias eletivas foram feitas em 2022 no Estado – contra 331.787 procedimentos feitos no período anterior.
Em 2019, antes da pandemia de Covid-19, foram 509.733, e durante o período mais agudo da crise sanitária, em 2020, o número de procedimentos despencou para 297.864.
O levantamento da Sesa aponta, ainda, que 220.445 cirurgias foram feitas no Paraná nos primeiros seis meses deste ano.
Aumento da demanda por cirurgias eletivas e a fila de espera no Paraná
A demanda por cirurgias eletivas aumentou consideravelmente no Paraná e nos demais estados do país durante o período mais agudo da pandemia de Covid-19. Os procedimentos ficaram represados com a paralisação temporária das cirurgias, para contingenciamento de medicamentos de intubação e leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
No Paraná, a primeira suspensão aconteceu em julho de 2020, e a última normativa restritiva aos procedimentos ocorreu em julho de 2021.
Desde então, com a diminuição dos índices de infecção da Covid-19 e dos internamentos pela doença, o Paraná recomendou a retomada dos procedimentos cirúrgicos eletivos.
De acordo com os dados oficiais da Central de Acesso a Regulação do Paraná (Care), atualmente o Estado possui 45.709 pacientes com indicação para cirurgia eletiva aguardando o procedimento. Há, ainda, pacientes que estão em processo de consulta e realização de exames para indicação, ou não, da cirurgia. As informações do Care são preliminares e os pacientes são inseridos neste sistema pelas secretarias municipais de saúde, e a cirurgia é confirmada pelos prestadores dos serviços.
Os municípios de gestão plena (como Curitiba) possuem sistemas próprios, e por este motivo, a maioria dos pacientes que residem nestas cidades são regulados pela própria secretaria municipal.
A Sesa estima que cerca de 200 mil paranaenses estejam aguardando por uma cirurgia eletiva.
Dentro da fila de espera por cirurgias eletivas, existe uma demanda considerável por procedimentos de oftalmologia. A maioria deles envolve problemas de catarata e pterígio.
No início do ano, o Governo Federal lançou um programa para reduzir filas de cirurgias eletivas, exames e consultas especializadas no Sistema Único de Saúde (SUS). Inicialmente, foram destinados R$ 200 milhões à iniciativa, com base em planos de ação apresentados pelos estados.
