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No Tribunal do Júri, Raphael Suss Marques nega ter matado Renata Muggiati

No Tribunal do Júri, Raphael Suss Marques nega ter matado Renata Muggiati

Renata Muggiati morreu na noite de 12 de setembro de 2015. Ela foi asfixiada e atirada da janela do 31º andar de um apartamento no Centro de Curitiba.

Redação - quinta-feira, 9 de fevereiro de 2023 - 19:22

O médico Raphael Suss Marques, acusado de matar a modelo e fisiculturista Renata Muggiati em 2015, negou o crime em frente da juíza no Tribunal do Júri. O julgamento começou ontem (8) e segue em Curitiba.

“São mais de sete anos que venho sofrendo uma injustiça. Eu fui a única pessoa que esteve ao lado da Renata no momento de depressão. Não tinha ninguém da família dela. Eu que alimentava, que dava banho, e sou eu quem estou sendo acusado de matá-la. Eu só gostaria que fosse feita justiça hoje”, disse ele ao encerrar o depoimento.

Durante o período que está preso, Marques se tornou médico voluntário e até se casou na prisão.

INTERROGATÓRIO DE RAPHAEL SUSS MARQUES

O interrogatório do réu durou mais de uma hora e começou com a juíza Mychelle Pacheco Cintra Stadler, do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR), lendo a peça da acusação.

Segundo o processo, Raphael tinha uma personalidade de domínio sobre Renata Mugiatti. A acusação alega que o médico passou a controar todos os aspectos da vida dela à medida que a relação avançava. 

Nesse período, Renata se afastou de amigos, perdeu clientes e passou a ser dependente financeiramente de Raphael. Isso foi contribuído com uma suspensão dela por dopping, sendo que o médico passou a receitar medicamentos para ela.

Um dos pontos citados pela juíza foi que Renata retornaria às competiçoes em 2015, mas que Raphael não a alertou sobre a necessidade de uma contraprova do exame antidoping. Sem voltar às competições, ela teria agravado o quadro de depressão.

Raphael negou o crime e reforçou a teria do suicídio. Segundo ele, ela tentou se matar com medicamentos e bebida uma semana antes do dia em que morreu.

Além disso, confirmou que o casal estava em uma fase ruim, mas que tinham ‘discussões normais de casal’.

JULGAMENTO DO MÉDICO

Após o interrogatório feito pela juíza, nenhum dos jurados quis fazer perguntas ao médico.

O julgamento no Tribunal do Júri passou a ter as alegações finais de acusação e defesa.

CASO RENATA MUGGIATI

Renata Muggiati morreu na noite de 12 de setembro de 2015. Ela foi asfixiada e atirada da janela do 31º andar de um apartamento no Centro de Curitiba. De acordo com a acusação, o então companheiro da vítima, Suss Marques, a matou com um golpe ‘mata-leão’ e depois tentou simular um caso de suicídio. Contudo, o homem nega o crime e alega que Renata se suicidou.

Raphael Suss Marques foi preso em setembro e, novamente, em janeiro de 2016. Acabou solto após seis dias por meio de um habeas corpus. Ele respondia ao processo em liberdade com o uso de tornozeleira eletrônica, mas – por pedido do MP – foi preso novamente por descumprir medidas cautelares.

Foram realizados, ao todo, três exames no corpo de Renata – dois deles apontaram que ela teria sido asfixiada antes de cair pela janela. O último exame, feito após a exumação do corpo, concluiu que a atleta foi morta antes da queda.

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