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Manifestantes bloqueiam parcialmente a BR-277, em Foz do Iguaçu

Manifestantes bloqueiam parcialmente a BR-277, em Foz do Iguaçu

Esse era o único ponto de bloqueio ilegal no trecho paranaense das rodovias federais na manhã de hoje, de acordo com a PRF.

Rafael Nascimento - terça-feira, 22 de novembro de 2022 - 07:46

A BR-277, uma das principais rodovias federais que cruzam o Paraná, voltou a ser bloqueada por manifestantes na noite desta segunda-feira (21) em Foz do Iguaçu, no Oeste do estado. O bloqueio ilegal permaneceu de forma parcial na manhã de hoje (22), de acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e foi liberado pouco antes das 8h.

Os manifestantes se concentraram no km 720 da rodovia, conforme a polícia. Eles queimaram pneus sobre a via ao longo da noite. Esse era o único ponto de bloqueio ilegal no trecho paranaense das rodovias federais, ainda de acordo com a PRF.

Foto: Reprodução

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) foi acionado para realizar a limpeza da pista. Posteriormente, a via foi liberada, perto das 8h.

Ontem, a BR-277 foi totalmente interditada na entrada de Paranaguá, no Litoral do estado. O bloqueio ilegal teve início pouco antes das 6h e foi desfeito no período da tarde. Nesse período, a PRF registrou 13 km de fila e o transporte de cargas ao Porto de Paranaguá foi interrompido.

Os manifestantes não aceitam a derrota democrática nas urnas de Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição. Os bloqueios ilegais tiveram início após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência da República, no dia 30 de outubro, e são organizados por apoiadores do atual presidente.

A PRF também registrou o fechamento de estradas em Céu Azul, onde pneus foram queimados e parte da pista ficou bloqueada, e Medianeira, onde ambas as pistas foram fechadas com pneus e entulhos. Ambos os bloqueios ilegais também já foram desfeitos.

Bloqueios ilegais em rodovias do Paraná

Bloqueios em diversas rodovias paranaenses foram registrados desde o dia 30 de outubro, data que marcou o segundo turno das Eleições Presidenciais, que deram a vitória democraticamente à Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Apoiadores de Jair Bolsonaro, contrários ao resultado das urnas, passaram, então, a organizar o fechamento de estradas em todo o país.  O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) classificou os bloqueios como ilegais, já que contrariam decisões judiciais.

Moraes ressaltou que pedir por “intervenção federal” pode configurar o crime de Abolição Violenta do Estado Democrático de Direito, cuja pena pode ser de quatro a oito anos de prisão.

No início do mês, o ministro havia determinado o total desbloqueio das rodovias federais que registram paralisações pelo país. Pela decisão, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e as polícias militares estaduais deveriam cumprir a determinação e desobstruir rodovias e vias públicas que estejam ilicitamente com o trânsito interrompido.

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