Justiça do Paraná nega prisão domiciliar a Jorge Guaranho
O policial penal Jorge Guaranho, réu pela morte do petista Marcelo Arruda, está preso preventivo no CMP desde o dia 13 de agosto, após receber alta hospitalar
A Justiça negou, nesta quinta-feira (25), o pedido de prisão domiciliar para o policial penal Jorge Guaranho, réu pela morte do tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu, Marcelo Arruda, no último dia 9 de julho.
Guaranho segue preso no Complexo Médico-Penal (CMP) em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. Ele foi levado para a unidade prisional em 13 de agosto, três dias após receber alta hospitalar.
A defesa do policial penal alega que o CMP não teria a estrutura adequada para lidar com um preso com necessidades especiais, como seria o caso de Guaranho.
O agente, declaradamente bolsonarista, abriu fogo durante a festa de aniversário de Marcelo Arruda, que comemorava os 50 anos com uma festa cuja decoração fazia alusão ao PT e ao ex-presidente Lula. Segundo o MP, o assassinato aconteceu por divergências políticas.
Arruda, que era guarda municipal, reagiu. Guaranho foi atingido por seis disparos e recebeu 20 de chutes na cabeça. O réu passou um mês internado em hosptiais de Foz do Iguaçu.
Apesar da alta hospitalar, segundo a defesa, a condição de saúde do policial penal ainda inspira cuidados. Com base em um laudo médico, os advogados solicitaram a prisão domiciliar.
O pedido foi contestado pela direção do Complexo Médico-Penal e da SESP-PR (Secretaria de Estado da Seguança Pública e Administração Penintenciária), que alegam ter condições de tratar Guaranho nesta unidade.
Com base nas informações, a Justiça do Paraná negou o pedido de prisão domiciliar.
A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e Alep (Assembleia Legislativa do Paraná), por meio das comissões de direitos humanos, acompanham o caso.