Imagens indicam que Franciele já estava morta quando casal saiu de casa

Imagens de monitoramento do condomínio onde viviam Adair José Aldo e Franciele Gusso Rigoni indicam que a mulher já estava morta quando o casal deixou a casa, na noite da última quarta-feira (31). Franciele foi encontrada dentro do próprio carro, horas depois, quando o próprio marido acionou a polícia dizendo ter rastreado o veículo e estranhado a demora da esposa em voltar. Ele foi preso nesta sexta-feira (02).

“A história que ele contou no começo, quando foi achado o corpo, não foi muito convincente. O pessoal que estava atendendo no local é experiente em crime de homicídios e verificou que a situação da vítima mostrava que a morte não era recente”, explica o delegado Herculano Augusto de Abreu, que conduz as investigações. 

VESTÍGIOS DE SANGUE

“Foram na residência do casal e encontraram vestígio de sangue que tinha sido lavado. Foi colocado luminol (substância usada para indicar vestígio de sangue) e identificada a presença de sangue em cima do sofá, na parede e um pouco na cortina.”, complementa. Uma testemunha também teria indicado que um tapete tinha sido removido da casa. “Isso é um indício de que o crime teria acontecido ali.” A causa da morte ainda não foi divulgada.

As imagens, segundo o delegado, foram outro fator determinante para a prisão do homem. “Ele aparece com ela do lado, com o banco reclinado, exatamente do mesmo jeito que ela foi encontrada morta. Uma pessoa que sai de casa se movimenta dentro do carro. Ela estava exatamente do mesmo jeito”, revela.

PRISÃO TEMPORÁRIA

Adair José foi preso temporariamente na tarde desta sexta-feira (2), durante a cerimônia de sepultamento de Franciele. Ele ainda não foi ouvido pela polícia, mas já apresentou uma dupla de advogados. Segundo o delegado, o homem teria repassado a chave de casa a outra pessoa, o que indica que ele poderia estar planejando uma fuga. “Estamos aguardando outras diligências para ver se ele vai querer falar ou não”, afirma o delegado.