Idosos têm a saúde mais afetada pela onda de calor
Com o envelhecimento, o sistema de regulação da temperatura corporal enfraquece e se torna mais sensível às variações do clima
A forte onda de calor leva os termômetros para além dos trinta graus em todo o Paraná. Neste cenário, a população deve ter cuidado, em especial com os idosos.
Com o envelhecimento, o sistema de regulação da temperatura corporal enfraquece e se torna mais sensível às variações do clima. Outro ponto de atenção é quanto à noção de hidratação.
“A primeira condição que muda no envelhecimento no nosso corpo é a sede. Quando a gente é jovem, e o nosso corpo está com pouco líquido, nossos barorreceptores avisam nosso cérebro de que tem pouco líquido dentro dos vasos sanguíneos e precisa aumentar essa demanda. No idoso, esse aviso ocorre em menor intensidade, ele sente menos sede e continua precisando de líquido. Aí a gente começa a ter um dos grandes problemas no envelhecimento que é ingerir pouco líquido, porque sente pouca sede e pode ficar até desidratado”, explica a médica geriatra e professora universitária, Uiara Ribeiro.
O aumento de suor e a pressão baixa são dois sinais de alerta para a desidratação. O próximo sintoma é a confusão mental. Para os diabéticos e hipertensos, o cuidado deve ser dobrado.
“As pessoas que são hipertensas e já tomam medicamentos para baixar a pressão ou baixar os batimentos cardíacos, e ficam com a pressão mais baixa por conta da desidratação, não vão conseguir compensar a necessidade de melhorar a pressão, porque já está bloqueado por conta do medicamento. Ao ocorrer uma queda de pressão por causa do calor, essa queda pode ser intensificada pela questão da hipertensão”, alerta a médica geriatra.
A regra é carregar uma garrafa de água e manter a hidratação ao longo do dia. Os sucos naturais, os chás e a água de coco são recomendados também. Já os líquidos industrializados colaboram para a desidratação por terem uma quantidade alta de sódio.