Gaeco cumpre mandados contra guardas prisionais no Paraná
Os suspeitos teriam utilizado históricos escolares falsos de conclusão do 2º grau para aprovação nos processos seletivos dos cargos que atualmente ocupam.
O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), do Ministério Público do Paraná, realiza, nesta quinta-feira (7), uma operação que tem como alvos guardas prisionais temporários que atuam no estado. Eles são suspeitos de fraudarem processos seletivos, por meio do uso de documentos falsos.
Conforme o MPPR, os suspeitos teriam utilizado históricos escolares falsos de conclusão do 2º grau para aprovação nos processos seletivos dos cargos que atualmente ocupam. O Núcleo Regional de Educação confirmou a ilegitimidade dos históricos escolares apresentados.
A ação conta com o apoio do Departamento Penitenciário do Paraná (Depen) e cumpre quatro mandados de busca e apreensão. As ordens judiciais são cumpridas em residências de três guardas investigados pela prática criminosa e um, com o apoio do Depen e da Polícia Civil, na Cadeia Pública de Rolândia.
“O Gaeco de Londrina cumpriu quatro mandados de busca e apreensão no âmbito de uma investigação que apura o uso de documento falso por guardas municipais lotados em Rolândia. As investigações apontaram que dois agentes apresentaram históricos escolares falsos em testes seletivos pra essa função”, explica o promotor de Justiça Leandro Antunes Meireles Machado.
INVESTIGAÇÕES
Os guardas prisionais investigados pelo Gaeco exercem a função desde 2010 e 2013, supostamente apresentando os documentos falsos em vários testes seletivos dos quais participaram nesse período.
As investigações tiveram início em junho deste ano após o Gaeco tomar conhecimento do possível uso de documento público falso por servidores lotados na Cadeia Pública de Rolândia.
Durante o cumprimento dos mandados, foram localizados documentos falsificados, medicamentos sem autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), drogas e munições. Em razão dessas apreensões, os investigados serão autuados em flagrante delito.
Os materiais apreendidos serão analisados pelas equipes responsáveis para futuros desdobramentos das apurações. Após a conclusão das investigações, o Gaeco informou que adotará as providências judiciais e administrativas para o eventual afastamento dos investigados das respectivas funções públicas.
A operação também contou com o apoio do Núcleo de Operações com Cães da Polícia Civil do Paraná (NOC).