Ex-prefeito de Piên é absolvido após acusação de matar adversário
Gilberto Dranka foi acusado de planejar a morte de Loir Drêveck, prefeito eleito em 2016, que foi assassinado enquanto viajava com a família.
O ex-prefeito de Piên, Gilberto Dranka, e o ex-presidente da Câmara de Vereadores, Leonides Maahs, foram absolvidos após serem acusados de planejar o assassinato de Loir Drêveck, adversário político e prefeito eleito em 2016.
O júri popular foi encerrado neste domingo (26) no Fórum de Rio Negro, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). Outras duas pessoas foram condenadas pelo crime.
Orvandir Pedrini e Amilton Padilha receberam pena de 36 e 48 anos de prisão, respectivamente, por homicídio triplamente qualificado. O segundo já tinha antecedentes criminais e, por isso, teve a condenação maior. Ele estava foragido e foi preso no início do julgamento, na terça-feira (21).
A MORTE DO PREFEITO ELEITO DE PIÊN
José Loir Drêveck era filiado ao MDB e foi eleito prefeito de Piên nas eleições municipais de 2016. Em dezembro daquele ano, menos de um mês antes da posse, ele foi baleado na cabeça enquanto viajava com a família para Santa Catarina.
Loir morreu três dias depois, em um hospital na cidade de Jaraguá do Sul. Dias antes do crime, uma outra pessoa foi assassinada a caminho do estado vizinho: Genésio Almeida, técnico em segurança, foi baleado ao ser confundido com o político.
Em janeiro de 2017, um mês depois das mortes, Gilberto Dranka, que havia deixado a prefeitura recentemente, foi preso pelo Cope (Centro de Operações Especiais) da Polícia Militar do Paraná após se esconder no forro da própria casa.
Ele foi solto e estava em liberdade, mediante tornozeleira eletrônica, até a data do julgamento. O MP-PR (Ministério Público do Paraná) havia entendido que Dranka e Leonides Maahs planejaram o crime.
Em 2020, após o assassinato de Loir Drêveck, o ex-prefeito Gilberto Dranka tentou voltar à prefeitura nas eleições daquele ano. No entanto, não foi eleito.