Em alerta contra a dengue, Londrina intensifica estratégias de combate

Uma força-tarefa da Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa) discutiu nesta quinta-feira (4), em Londrina, a situação da dengue e de outras doenças causadas pelo mosquito Aedes aegypti, como febre chikungunya e zika vírus.

Ao lado de Foz do Iguaçu, a regional de Londrina registra o pior cenário epidemiológico do atual ciclo. A incidência da dengue é alarmante. Por isso, o governo estadual decidiu intensificar as estratégias de combate à doença.

Em Foz, existem 8 mil casos prováveis para cada 100 mil habitantes. Em Londrina, são mais de 4,7 mil casos para cada 100 mil habitantes. A diferença é que a regional de Londrina tem o dobro de mortes na comparação com Foz: 12 contra 6.

“A identificação de pontos críticos e necessidade de medidas de apoio podem fazer toda a diferença nos números de casos e contenção da doença. Estamos monitorando a situação”, ressaltou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

Na avaliação da chefe da Divisão de Doenças Transmitidas por Vetores da Sesa, Emanuelle Gemin Pouzato, quando existe o aumento das ocorrências, é necessário que os municípios e a população se unam para colocar em execução um plano de contingência.

“A articulação com os parceiros, a presença atuante dos gestores municipais e o trabalho em campo é uma tríade que dá certo e que necessita ser aplicada nesses locais”, afirmou Pouzato.

LONDRINA EM ALERTA

Segundo a Secretaria de Estado da Saúde do Paraná, mais da metade das mortes por dengue no estado foi registrada na regional de Londrina. O informe epidemiológico mais recente aponta que 12 dos 21 óbitos causados pela doença são de moradores desta localidade.

Desde agosto de 2022, quando teve início o atual ciclo epidemiológico da doença, a regional de Londrina já confirmou mais de 10 mil casos de dengue. Os registos de febre chikungunya são menores, mas também preocupam: são sete diagnósticos nos últimos meses.

DENGUE PREOCUPA NO BRASIL

O aumento de casos de dengue e febre chikungunya em todo o Brasil fez o Ministério da Saúde entrar em alerta para as doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. A pasta lançou nesta semana uma campanha nacional de combate às arboviroes.

Com o tema “Brasil unido contra a dengue, zika e chukungunya”, a ação reforça os cuidados com essas doenças e alerta a população sobre os sinais e os sintomas. A prevenção e controle do mosquito também fazem parte da campanha.