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Dono de rede de combustíveis de Curitiba é indiciado por tortura
Divulgação/PCPR

Dono de rede de combustíveis de Curitiba é indiciado por tortura

Existem mais de 50 processos criminais contra o homem, diz polícia

Mirian Villa - quinta-feira, 25 de abril de 2024 - 08:34

O dono de uma rede de combustíveis e sua mulher foram indiciados por tortura, extorsão e corrupção de menores. O inquérito da Polícia Civil do Paraná foi concluído nesta semana, mas os crimes ocorreram em 2021, em Curitiba.

Conforme as investigações, a vítima foi torturada de forma física e psicológica, sendo coagida a pagar pouco mais de R$ 15 mil por uma suposta não entrega de balcões refrigerados em um dos estabelecimentos do suspeito, de 72 anos.

Os crimes ocorrem no escritório de advocacia da mulher, de 47 anos, com a presença do filho de ambos, com 14 anos na época. Na última semana, a polícia cumpriu mandados em endereços relacionados ao casal, onde foram apreendidos documentos assinados pela vítima e máquinas de cartão pertencentes a ela.

Segundo a polícia, o dono da rede de postos de combustíveis e possui diversos boletins de ocorrência relatando ameaças, utilizando arma de fogo, contra os funcionários.

Investigação contra dono de postos de combustíveis foi iniciada em 2023

As investigações tiveram início em 2023, durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão. No celular apreendido, a polícia encontrou vídeos de tortura. Nas imagens, o homem foi submetido à cárcere privado.

No local, os suspeitos fraturaram a costela da vítima, a agrediram com socos, chutes e com uma tonfa. “O casal também ameaçou o homem com uma máquina de choque, e jogaram um líquido incolor, afirmando ser etanol e que, caso ele não assinasse a nota promissória, o incendiariam”, diz a polícia.

O filho do casal, na época com 14 anos, é incentivado pelos pais a quebrar o braço da vítima. “Apuramos ainda que existem 55 processos criminais contra o indivíduo, além de 15 inquéritos policiais, que ele costuma constranger os funcionários a assinarem documentos. Ele foi intimado diversas vezes e utiliza da condição de saúde para dificultar cumprimento das medidas legais”, afirma o delegado de polícia Cássio Conceição.

Em uma das situações, o indivíduo e a mulher ainda teriam ameaçado policiais militares. A PCPR orienta que possíveis vítimas do casal procurem a unidade policial mais próxima e registrem o boletim de ocorrência. O caso foi encaminhado à Justiça.

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