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Dia Nacional da Vacinação alerta para a importância da imunização no Paraná

Dia Nacional da Vacinação alerta para a importância da imunização no Paraná

Os índices de cobertura vacinal vêm caindo; além de colocar em risco a saúde de quem não se imuniza, a baixa adesão pode levar ao ressurgimento de doenças como a poliomielite.

Redação - segunda-feira, 17 de outubro de 2022 - 10:01

Nesta segunda-feira (17), data em que é celebrado o Dia Nacional da Vacinação, a Secretaria Estadual de Saúde do Paraná (Sesa) alerta sobre a importância da imunização no estado. Os índices de cobertura vacinal vêm caindo em todo Brasil e essa baixa adesão por parte da população, além de colocar em risco a saúde de quem não se imuniza, pode levar ao ressurgimento de doenças de fácil contágio que já haviam sido eliminadas, como a poliomielite.

A meta de vacinação da campanha poliomielite, por exemplo, é de 95% em crianças menores de 5 anos, mas apenas 72,5% do público estimado recebeu a vacina. Em recente campanha nacional, a estimativa era vacinar mais de 620 mil crianças em todo Paraná, mas o número de doses foi de aproximadamente 450 mil.

“Estamos com risco eminente da volta da poliomielite, e precisamos que as pessoas entendam a importância da imunização”, alertou o secretário de Saúde, Beto Preto. “Quanto mais pessoas vacinadas, maior a barreira que não deixa o vírus se espalhar”.

Só neste ano o Paraná já promoveu diversas campanhas de vacinação e multivacinação, além de dias D para garantir a atualização da caderneta de vacinação. “Mesmo com o fim das campanhas mais midiáticas e com envolvimento maior da sociedade, as doses permanecem disponíveis para atualizar a caderneta de vacinação da população nas 1.850 salas de vacinas públicas de todo Estado, e a orientação da Sesa é para que os municípios, atendam com horário estendido e se possível também no final de semana”, ressaltou o secretário.

A chefe da Divisão de Vigilância do Programa de Imunização, Virginia Dobkowski Franco dos Santos, explica que a aplicação e disponibilização das doses até mais tarde é justamente para aqueles pais que não conseguem levar seus filhos durante o horário de trabalho. “A ideia é que possam garantir a imunização das crianças e também aproveitar para colocar em dia a sua própria rotina vacinal”, afirmou.

Calendário de vacinação

O Programa Nacional de Imunização (PNI) do Sistema Único de Saúde (SUS) contempla crianças, adolescentes, adultos, idosos e gestantes. Desde o nascer até os 15 meses e são ofertadas 13 vacinas. Adultos e idosos também devem atualizar a caderneta, pois muitas delas precisam de reforço nessa faixa etária. Às gestantes são disponibilizadas doses para prevenir doenças como hepatite, tétano, difteria o vírus da gripe H1N1 e Covid-19.

De acordo com o Ministério da Saúde, além da pandemia da Covid-19 ter agravado os índices de cobertura vacinal que já apresentavam queda há alguns anos, a percepção de inexistência de risco, somado ao medo de eventos adversos, às fake news e teorias antivacinais são alguns fatores para essa queda vertiginosa.

“Percebemos que há uma nova geração de pessoas que não conviveram com os surtos e doenças preveníveis, o que traz a falsa sensação de segurança. O crescimento de grupos antivacina e as notícias falsas sobre o tema também atrapalham para o aumento da cobertura vacinal”, completa a diretora de Atenção e Vigilância em Saúde da Sesa, Maria Goretti David Lopes.

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