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Covid-19: Curitiba teve aumento de quase 40% nos casos ativos em agosto; decreto atual vence nesta quarta

Covid-19: Curitiba teve aumento de quase 40% nos casos ativos em agosto; decreto atual vence nesta quarta

O mês de agosto foi o primeiro de 2021 onde durante os 31 dias foi aplicada a bandeira amarela em Curitiba, com flexibil..

Weslley Neto - UOL/Folhapress - quarta-feira, 1 de setembro de 2021 - 08:09

O mês de agosto foi o primeiro de 2021 onde durante os 31 dias foi aplicada a bandeira amarela em Curitiba, com flexibilização de serviços e menos restrições em alguns espaços públicos e privados. Por outro lado, a cidade registrou aumento de quase 40% nos casos ativos. O decreto municipal vigente vence nesta quarta-feira (1).

Neste período, leitos de UTI exclusivos para Covid-19 foram desativados na cidade, devido ao número menor de internamentos, segundo a Secretaria Municipal de Saúde.

Além disso, serviços foram flexibilizados e a quantidade permitida de pessoas em alguns estabelecimentos foi aumentada.

Por outro lado, o mês também registrou 19.278 novos casos confirmados, morte de mais 450 moradores da cidade por complicações causadas pelo novo coronavírus e um aumento de quase 40% nos casos ativos, ou seja, de pessoas infectadas com potencial de transmissão.

No boletim divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde, no dia 02 de agosto, eram 5.943 casos ativos da doença, enquanto nesta terça-feira (31), o número estava em 8.296 casos ativos.

Além disso, a média de novos casos do novo coronavírus também voltou a subir na cidade. Enquanto no mês de julho a média diária de casos chegou a ser de menos de 500 novos casos, na última semana do mês de agosto, a média diária de novos casos de Covid-19 foi de 775.

O aumento significativo nos casos ativos da doença e na média dos casos registrados por dia, sugere um alerta para as autoridades de saúde, como explica o médico infectologista Francisco Beraldi de Magalhães.

“Esse aumento tem relação com a flexibilização que aconteceu, que é natural com a redução no número de casos, e também talvez por um descuido maior das pessoas nos últimos tempos. Temos percebido nas últimas semanas um número maior de pessoas já andando sem máscara, mais aglomerações nos parques e praças da cidade”, avalia.

O infectologista ressalta ainda que, mesmo com a redução de leitos de UTI e enfermaria para pacientes da Covid-19, pode ser preciso aumentar novamente, uma vez que o cenário nos hospitais é o último a ser observado quando há um aumento de casos pela doença.

“A partir do momento que o número de casos começa a cair, a taxa de ocupação de leitos cai entre 14 e 20 dias depois. Esse é o último indicador que começa a subir, e isso acontece de maneira muito rápida. Os pacientes tendem a se agravar em torno de 10, 12 dias, com a necessidade de utilização de leito hospitalar. O crescimento é muito rápido e a gente só percebe quando a situação está mais crítica”, completa o infectologista.

Nesta terça-feira, a taxa de ocupação dos 385 leitos de UTI SUS exclusivos para Covid-19 estava em 73%. Já a taxa de ocupação dos 349 leitos de enfermarias SUS Covid-19 estava em 71%. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, os dados da ocupação de leitos em Curitiba são dinâmicos, com alterações ao longo do dia.

 

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