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Covid-19: Curitiba libera academias e serviços não essenciais, mas nega flexibilização

Covid-19: Curitiba libera academias e serviços não essenciais, mas nega flexibilização

Em novo decreto publicado nesta terça-feira (21), a Prefeitura de Curitiba liberou para funcionamento uma série de servi..

Ana Cláudia Freire - terça-feira, 21 de julho de 2020 - 12:49

Em novo decreto publicado nesta terça-feira (21), a Prefeitura de Curitiba liberou para funcionamento uma série de serviços considerados não essenciais como academias, salões de beleza e barbearias, mas negou que tenha havido flexibilização no combate à pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

O novo decreto 940/2020, passa a valer na data de hoje e diz que serviços como  escritórios em geral, salões de beleza, barbearias, atividades de estética, academias de ginástica, serviços de banho e tosa de animais estão liberados de segunda a sábado, sem restrição de horário. Todos esses serviços estavam suspensos pelo decreto anterior.

Embora as atividades nas academias tenham sido liberadas, os parques e praças da cidade continuam fechados. Segundo a Secretária Municipal de Saúde, Márcia Huçulak, o curitibano não tem respeitado o isolamento social aos finais de semana e mesmo com os parques fechados, as pessoas se encontram e não fazem uso de máscara.

“… academia é uma atividade individual, infelizmente nos parques existe aglomeração. Para começo de conversa, não há um guarda, não tem como andar uma pessoa atrás de cada cidadão em cada parque, nós gostaríamos de abrir os parques, mas refletimos que o momento não permite, não sei o que acontece, as pessoas relaxam, não usam máscara, fazem encontros”, disse a secretária.

Outro ponto que chama atenção no novo decreto é que restaurantes e lanchonetes, que antes tinham horários restritos nas semana e não estava liberados aos finais de semana, agora podem atender de segunda a sábado até às 22h. Após esse horário e aos domingos, podem funcionar apenas na modalidade delivery e drive-thru.

PREFEITURA NEGA FLEXIBILIZAÇÃO E FALA EM AJUSTES 

Embora o decreto proporcione que mais gente esteja na rua, a prefeitura nega que tenha havido uma flexibilização do isolamento e afirma que o problema estaria nos finais de semana, razão pela qual o município manteve algumas restrições de comércio.

“Aos finais de semana vamos fazer uma quarentena em Curitiba porque a população tende a sair nos finais de semana. Não estamos flexibilizando, apenas criando uma quarentena no sábado e domingo”, afirmou a secretária.

De acordo com a SMS (Secretaria Municipal de Saúde), os critérios para a tomada das medidas são para  evitar aglomerações e restringir acúmulo de circulação. A Secretaria afirmou anda que não se trata de um novo decreto e sim de ajuste no decreto anterior.

“Nós então publicamos hoje o decreto 940 que é na verdade o decreto 810 com pequenos ajustes que fizemos no ponto de vista de atender o que é pedido”, explicou a Huçulak.

A Prefeitura afirma que precisa olhar para sociedade como um todo e por isso alguns setores da economia puderam retornar as atividades.

“Nós aprendemos algumas coisas nesses 140 dias, uma delas é que a sociedade está cansada e isso nós sabemos e estamos sendo muito cobrados e sempre digo que estamos em uma situação que um grupo de pessoas querem que liberem serviços e por outro lado há pessoas que querem que feche tudo. Eu sempre digo que a gente precisa olhar a sociedade como um todo e achar a medida de virtude. Nós optamos pelo caminho do meio, do bom senso, da ponderação, da tolerância e do vai passar”, afirmou a secretária.

UTIs PODEM CHEGAR A 100% DA CAPACIDADE DE ATENDIMENTO NESTA SEMANA

Curitiba alcançou a marca de 13.935 casos e 369 mortes causadas pela Covid-19, de acordo com boletim divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde nesta segunda-feira (20). Somente nas últimas 24 horas, 19 novos óbitos e 537 casos foram registrados na capital.

Ainda conforme os últimos dados da Covid-19 na capital, a taxa de ocupação das UTIs do SUS exclusivas à doença chegou a 92%.

São apenas 27 leitos do SUS livres, dos 335 leitos covid em hospitais da cidade.

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