Com chuvas dos últimos dias, Sanepar descarta intensificar rodízio

As chuvas registradas na Grande Curitiba, em maio, incluindo o último fim de semana, podem contribuir para que a Sanepar não endureça o rodízio de água. Os temporais serviram para manter equilibrada a condição das barragens, embora não tenham modificado a situação de emergência hídrica.

Os quatro reservatórios que abastecem a capital estão com 53,81% da capacidade. A Barragem do Iraí continua sendo a mais crítica, com 42,60% da capacidade. Na sequência estão a Barragem do Passaúna (55,63%), Piraquara 1 (64%) e Piraquara 2 (69,86%).

A boa notícia, é que as chuvas registradas em maio, até o último domingo (23), já ultrapassaram a média histórica prevista para o mês. Até então, foram quase 100 mm de chuva, enquanto que a média prevista é de 80 mm. Somente no fim de semana, foram 22 mm.

O diretor de Meio Ambiente da Sanepar, Julio Gonchorosky, avaliou maio como um mês positivo. “Vamos fechar o mês muito próximo do volume que iniciamos. Do dia 20 até agora (24) nos mantivemos estáveis. Então, quase com a perspectiva de que ‘ganhamos mais um mês’ em relação à crise hídrica”.

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Desde 15 de março, a Sanepar tem adotado um modelo de rodízio de abastecimento de água em Curitiba e Região com 60 horas de fornecimento e 36 horas com suspensão. Ou seja, a população tem um dia a mais de distribuição de água, em relação ao formato anterior que era de 36×36, e os bairros passaram a ser divididos em quatro grupos, com cerca de 900 mil pessoas em cada.

A expectativa de Julio Gonchorosky é que, se as chuvas continuarem regulares, não haverá necessidade de modificar a tabela de rodízio. “Ainda temos mais alguns dias, até o final de maio e início de junho, com previsão de chuva, e a expectativa é de que vamos fechar dentro da média. A partir de junho, o Paraná deixa de ser afetado pelo La Niña, e é esperado que tenhamos chuvas dentro da média até o final do inverno”, avaliou.