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Chuvas ajudam e rodízio de água em Curitiba e RMC pode ser flexibilizado em novembro

Chuvas ajudam e rodízio de água em Curitiba e RMC pode ser flexibilizado em novembro

As chuvas registradas nos últimos dias, em Curitiba e Região Metropolitana, serviram para amenizar os impactos da estiag..

Weslley Neto - UOL/Folhapress - segunda-feira, 18 de outubro de 2021 - 15:45

As chuvas registradas nos últimos dias, em Curitiba e Região Metropolitana, serviram para amenizar os impactos da estiagem que atinge essas regiões há mais de dois anos.

Até este domingo, o volume de chuvas em Curitiba e Região Metropolitana chegou a 115 milímetros. A média histórica é de 148 milímetros nesse período.

Na manhã desta segunda-feira (18), o nível médio dos reservatórios que fazem parte do Sistema de Abastecimento de Água Integrado de Curitiba (SAIC), estava em 57,20% da capacidade, segundo a Sanepar.

Apesar da crise hídrica, a situação é bem melhor do que a registrada em outubro de 2020, quando o nível médio dos reservatórios estava em 29,69%.

A situação mais crítica é da barragem Iraí, com 44,94% da capacidade, seguida da barragem Passaúna, com 63,42%, barragem Piraquara I, com 67,47%, e barragem Piraquara II, com 68,02%.

Segundo o diretor de Meio Ambiente e Ação Social da Sanepar, Julio Gonchorosky, por enquanto, está mantido o rodízio de água mais severo, com 36 horas de abastecimento e 36 horas de desabastecimento. No entanto, a previsão é de que ele seja flexibilizado em meados de novembro.

“Prognósticos para novembro e dezembro são chuvas abaixo da média. Já janeiro e fevereiro, os prognósticos são melhores. Então temos uma situação muito boa em outubro, mas vamos aguardar um pouco para entender melhor como será novembro. Com a entrada das obras no Rio Verde para o Passauna e do rio Capivari para a represa do Iraí, e tendo perspectivas de chuvas próximo da média, podemos pensar sim na mudança de rodízio”, diz ele.

Julio Gonchorosky ressalta que agora não é feita uma estimativa com base no nível dos reservatórios, mas sim, na previsão de chuvas para os próximos meses.

“Nós não buscamos mais colocar um índice. O que queremos neste momento é, com a entrada dos dois sistemas em operação e com a chuva média, ter estabilidade dos reservatórios. Com isso, podemos ir reduzindo gradativamente o rodízio na Região Metropolitana”.

O diretor de Meio Ambiente e Ação Social da Sanepar diz ainda que a população entendeu o momento de estiagem economizando mais de 19% do consumo de água nos últimos meses.

Julio Gonchorosky frisa que o rodízio não é prejudicial apenas para a população, mas também para as equipes da Sanepar.

“A ideia é ir reduzindo até o momento de suspender o rodízio, que todos nós esperamos. É importante lembrar que o rodízio também é sacrificante para a companhia. Ligar e desligar 1,2 milhão de pessoas todo dia é um trabalho exaustivo e estressa todo o sistema de distribuição de água em Curitiba. É um desejo não só da população, mas também da Sanepar”, completa.

CHUVAS CAUSAM DESABASTECIMENTO NO INTERIOR DO PARANÁ

Reservatório Passauna durante a seca. (Foto de arquivo: Geraldo Bubniak/AGB)

Por outro lado, as chuvas também causaram falta de energia e, consequentemente, afetaram os sistemas de abastecimento de água em diversas cidades e distritos das regiões Oeste e Noroeste do Paraná.

Em Toledo, por exemplo, a falta de energia prejudicou a estação elevatória que bombeia água para algumas regiões. A Sanepar precisou instalar um gerador na unidade para abastecer os moradores.

Na regional de Cascavel ficaram sem energia os sistemas de Corbélia e os distritos de Ouro Verde do Piquiri, Ramilândia, distrito de Ibiracema, em Catanduvas, e o distrito de São João do Oeste, em Cascavel.

No Noroeste do Estado, a falta de energia afetou o abastecimento nas cidades de Moreira Sales e dos distritos de Paraná d’Oeste, Quarto Centenário, Rancho Alegre do Oeste, os distritos de Bela Vista do Piquiri e Sales de Oliveira, no município de Campina da Lagoa, o distrito de Yolanda, em Ubiratã, e o distrito de Águas de Jurema, em Iretama.

Segundo a Sanepar, todo maquinário e equipamentos de grande porte nas mais de 3.400 unidades operacionais nos 346 municípios onde a Companhia atua precisam do fornecimento de energia. Portanto, quando falta energia, também pode faltar água.

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