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Caso Tatiane Spitzner: TJ retira duas qualificadoras da acusação contra Manvailer

Caso Tatiane Spitzner: TJ retira duas qualificadoras da acusação contra Manvailer

A Primeira Câmara do TJ-PR (Tribunal de Justiça do Paraná) retirou duas qualificadoras da acusação contra Luis Felipe Ma..

Redação - sexta-feira, 31 de janeiro de 2020 - 08:27

A Primeira Câmara do TJ-PR (Tribunal de Justiça do Paraná) retirou duas qualificadoras da acusação contra Luis Felipe Manvailer, acusado de matar a advogada Tatiane Spitzner em Guarapuava. O crime aconteceu no dia 22 de julho de 2018, quando o corpo dela foi encontrado após cair do apartamento, no quarto andar, onde o casal morava.

A determinação da Justiça saiu nesta quinta-feira (31), de forma unânime. O colegiado desqualificou o motivo fútil e o recurso que dificultou a defesa da vítima. Ou seja, Manvailer vai responder por homicídio qualificado com uso de meio cruel e feminicídio, além de fraude processual..

O julgamento não tem data marcada – em maio do ano passado, a Justiça determinou que ele vá a júri popular. Enquanto isso, Manvailer segue preso na Penitenciária Industrial de Guarapuava e deve pegar uma pena menor com a decisão do TJ.

Na visão da defesa, não há uma versão definitiva que se sustente para os desembargadores. O advogado Claudio Dalledone Junior ainda afirmou que a decisão “representa mais um passo importante rumo ao esclarecimento da verdade”.

Por fim, ele ainda ressaltou que a Justiça absolveu seu cliente do crime de cárcere privado durante na fase de instrução do processo, mas que foi mantida na decisão do TJ-PR.

A MORTE DE TATIANE SPITZNER

Manvailer e Tatiane juntos. (Reprodução/Facebook)

Tatiane foi encontrada morta no dia 22 de julho de 2018 após cair do apartamento em que morava com Manvailer em Guarapuava. Vídeos feitos por câmeras de segurança mostram ela sendo agredida antes de entrar no prédio, no estacionamento e no elevador. Depois, o suspeito busca o corpo, leva ao apartamento, limpa os vestígios de sangue e foge do local por uma saída alternativa do estacionamento antes da polícia chegar.

Além disso, conversas entre Tatiane e uma amiga reforçam que ela queria o divórcio.

O réu foi interrogado em março de 2019, mas optou por permanecer em silêncio. Em sua breve declaração, negou que tenha matado a esposa e afirmou que a família da advogada influenciou algumas testemunhas.

Confira imagens da noite:

NOTA DA DEFESA DE MANVAILER SOBRE A DECISÃO DO TJ

Sobre o julgamento do recurso em sentido estrito do processo que apura as causas da morte da advogada Tatiane Spitzner, a defesa técnica de Luis Felipe Manvailer informa que:

O colegiado da Primeira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná entendeu que existem dúvidas quanto aos fatos ocorridos na noite do dia 22 de julho de 2018 no apartamento de Tatiane Spitzner e Luis Felipe Manvailer. Para os desembargadores, não há uma versão definitiva que se sustente. Nesta fase do processo, no entanto, em caso de dúvida, é o júri quem deve decidir em uma produção de prova mais ampla.

De qualquer modo, a defesa informa que com base nesse entendimento, o Tribunal de Justiça decidiu afastar duas qualificadoras da acusação contra Manvailer. São elas, o motivo fútil e o recurso que dificultou a defesa da vítima.

A defesa recebe o resultado do julgamento de hoje com muito respeito e serenidade. “Saímos desse julgamento com a sensação de que o afastamento de duas qualificadoras que agravavam a acusação representa mais um passo importante rumo ao esclarecimento da verdade”, disse o advogado Claudio Dalledone Junior.

Anteriormente, com o encerramento da fase de instrução do processo, a justiça já havia absolvido Manvailer da acusação de crime de cárcere privado e que foi mantido pelo Tribunal de Justiça neste julgamento.

Adriano Bretas

Caio Fortes de Matheus

Claudio Dalledone Junior

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