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Caso Leandro Bossi: materiais genéticos de menino desaparecido há 30 anos são encontrados

Caso Leandro Bossi: materiais genéticos de menino desaparecido há 30 anos são encontrados

Foi constatada a compatibilidade de 99,9% com a mãe do garoto. Leandro Bossi desapareceu em fevereiro de 1992.

Redação - sexta-feira, 10 de junho de 2022 - 17:30

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) divulgou na tarde desta sexta-feira (10) que encontrou materiais genéticos de um menino desaparecido há 30 anos em Guaratuba, litoral do Paraná. O caso Leandro Bossi ocorreu em fevereiro de 1992, dois meses antes do caso Evandro Ramos Caetano.

Em um teste de DNA, foi constatada a compatibilidade de 99,9% com a mãe de Leandro.

Não foi informado onde os fragmentos foram localizados. Apenas foi divulgado que o trabalho foi em conjunto com a Polícia Científica do estado e que foram coletados materiais genéticos da família do garoto em 2021.

“No ano passado, foram enviadas para a Polícia Federal, em Brasília, oito amostras que estavam na guarda da Polícia Científica, relativas às crianças desaparecidas. Da mesma forma, foi coletado o material genético de três mães, dentre elas a mãe de Leandro Bossi. Tivemos o resultado positivo para a ossada pertencente a Leandro Bossi”, detalha Wagner Mesquita, secretário da Segurança Pública do Paraná.

CASO LEANDRO BOSSI

Leandro Bossi tinha sete anos quando desapareceu durante um show realizado em 15 de fevereiro de 1992, em Guaratuba. O inquérito policial da época não foi concluido e foi arquivado em 2020 pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR), 28 anos após o caso. Leandro e o corpo dele não foram encontrados até então.

No entanto, o sequestro e morte do garoto foram confessados em áudio, revelado décadas depois, pelo pai de santo Osvaldo Marcineiro, condenado por participar da morte outro menino: Evandro Ramos Caetano, de seis anos, em 6 de abril de 1992.

O corpo de Evandro foi encontrado em um matagal, com mãos e pés cortados e sem alguns órgãos. 

A investigação policial do caso Evandro concluiu, à época, que ele foi morto em um ritual religioso. Cinco pessoas confessaram o crime também por materiais audiovisuais: Celina AbaggeBeatriz Abagge, Osvaldo Marcineiro, Davi dos Santos Soares e Vicente de Paula. Todos foram presos pelo sequestro e homicídio do menino.

No entanto, o caso sofreu uma reviravolta quase três décadas depois. O jornalista Ivan Mizanzuk recebeu fitas em áudio que mostram que eles confessaram os crimes mediante tortura.

Após a exposição dessa informação, o Governo do Paraná pediu perdão pela condenação dos suspeitos.

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